Funcionário da Serra Verde reclama de preconceito dos colegas

Itabirito,
03 de Julho de 2014

Um fiscal da empresa de transporte público de Itabirito, Serra Verde, procurou a reportagem do jornal O LIBERAL para fazer uma denúncia de preconceito contra a sua orientação sexual pelos colegas de trabalho. Segundo o relator, José Maria de Jesus Marins, a situação se agravou no final de semana de 13 a 15 de junho, quando alguns colegas da empresa, com cargos de chefia, o trataram com falta de educação, grosseria, com xingamentos e palavras de humilhação, e até mesmo o imitando, se referindo a sua orientação sexual.

José Maria informou que procurou o encarregado e o gerente, que segundo ele teriam insinuado ao funcionário que se demitisse, já que estava com tantos problemas. “Essas reclamações não chegaram até a gerência. Eu as desconheço. Além do mais, é inadmissível situações como essa aqui na empresa. Nós temos um padrão disciplinar que é através da advertência e suspensão dos envolvidos em situações de desavença. Nós procuramos saber e estudar o caso, ouvir todos os lados e esse especificamente não é do nosso conhecimento”, afirma Eli Tadeu Pereira, gerente da empresa.

Ainda de acordo com José Maria, a direção da empresa teria coagido o funcionário a se demitir, já que o mesmo não pode pedir demissão, pois seu cargo de vice-presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidente (CIPA) garante dois anos de estabilidade na empresa, conforme regulamento. “Desde que ganhei as eleições da CIPA, gestão 2014/2015, estou percebendo que a empresa está tentando me coagir, isso porque eu estou reivindicando uma série de melhorias para os companheiros de trabalho como banheiros decentes, horários mais flexíveis, transporte e outras coisas”, afirma José Maria. Sobre essa questão Eli Tadeu ressalta que as reclamações sobre condições de trabalho devem ser encaminhadas pelo sindicato dos funcionários. “O que temos que deixar claro é que a função do fiscal é informar a empresa sobre as situações de potencial risco de acidentes, como forma de garantir a segurança do trabalhador. Já questões de infraestrutura e trabalhistas devem ser encaminhadas pelo sindicato”, explica Eli Tadeu.

O denunciante informou que procurou uma advogada, e que “tomará todas as medidas necessárias para garantir os seus direitos”.

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