Funcionários da Império são detidos pela policia ambiental em Ouro Preto

Ouro Preto,
09 de Abril de 2015

A ação policial se deu de madrugada, quando os funcionários iriam realizar capina química

Durante um flagrante na madrugada da quarta-feira (25) por volta das 3h, a Polícia Militar Ambiental (PMA) deteve quatro funcionários da Construtora Império, que iriam realizar capina química na Rua do Ouvidor, centro de Ouro Preto.

A ação policial teve início com a denúncia dos vereadores Chiquinho de Assis e Alysson Gugu. “Havia uma suspeita, pois a gente viu um caminhão andando pela cidade com a bomba borrifadora, além de observamos alguns matos com a característica de ter passado por esse processo. Denunciamos pedindo a ajuda do promotor, assim como da PM e conseguimos fazer o flagrante na madrugada”, salientou o vereador Chiquinho.

Na caminhonete estava o borrifador com água e herbicida já dissolvido. O produto seria utilizado para capina química. De acordo com a lei municipal de 2007, a capina química fica condicionada a aprovação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental (Codema) mas segundo o vereador Chiquinho, que também é membro do Conselho, nenhum requerimento foi encaminhado pela prefeitura ao órgão. Mas desde 2010 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso de herbicidas como o utilizados pela Império, o Roundup, indicado no Boletim de ocorrência, o que se tornou uma lei de crime ambiental.

Em entrevista a uma rádio local, o Prefeito José Leandro Filho afirmou que em Ouro Preto não é possível outro tipo de capina a não ser a química. “Com tanta quantidade de ruas em Ouro Preto não tem como capinar no ferrinho. Tenho certeza que o Ministério Público irá reconhecer isso, pois há herbicidas que podem ser usados em capina química sim”, confirmou o prefeito.

A reportagem de O LIBERAL entrou em contato com o representante da Império em Ouro Preto, mas até o fechamento desta edição eles não se pronunciaram.

O roundup

Estudos apontam que o roundup pode permanecer de forma duradoura no solo e inclusive se estender para as águas subterrâneas, causando danos irreparáveis à saúde humana. Aborto, alzheimer, anencefalia, autismo, câncer, intolerância a glúten, doença crônica nos rins entre outras estão entre os riscos.

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