Greve dos servidores da Ufop chega ao fim sem nenhum acordo

Ouro Preto,
03 de Julho de 2014

Após 100 dias de paralisação, atividades voltaram ao normal na quarta-feira (25)

Após mais de três meses de greve os técnico-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) decidiram pelo fim da paralisação. A medida foi tomada durante assembleia na sede do Sindicato Assufop, na terça-feira (24) onde os funcionários se reuniram para avaliar a orientação nacional da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fabrusa). As atividades foram retomadas já na quarta-feira (25).

A decisão pelo fim da greve foi uma ação do Supremo Tribunal de Justiça (STE) que determinou a volta das atividades dos servidores. Em caso de desobediência o sindicato deveria pagar multa de R$ 200 mil por dia. Segundo o presidente do Sindicado da Assufop, Sérgio Neves, não houve nenhuma negociação por parte do governo federal durante os 100 dias da paralisação. “O governo simplesmente ignorou nosso movimento, entrou na Justiça e não abriu sequer qualquer possibilidade de negociação. É nítido o descaso com os trabalhadores e com a educação”, destacou o presidente. Os TAE’s criticaram a ação do governo federal contra os trabalhadores, alegando que tiveram seus direitos de greve desrespeitados.

Entre as principais reivindicações o presidente destacou a consolidação do plano de carreira, a progressão salarial prevista no Plano de Cargos e Carreiras dos servidores federais da educação, cumprindo o acordo firmado em 2012, e também melhorias nas condições de trabalho.

A reivindicação dos estudantes

No mês de maio o movimento dos grevistas ganhou destaque com as manifestações dos universitários da Ufop, que protestaram contra a greve, que na época durava mais de 60 dias. A manifestação aconteceu nos campi de Ouro Preto, João Monlevade e Mariana. De acordo com os alunos a greve prejudica o andamento do curso, pois serviços essenciais estavam paralisados devido à ausência de funcionários.

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