Manoel da Mota responde processo por improbidade administrativa por irregularidades nas prestações de contas ao Ministério da Cultura
O ex-prefeito de Itabirito, Manoel da Mota Neto, irá responder a um processo instaurado pelo Ministério Público Federal de Minas Gerais (MPF/MG) por improbidade administrativa durante o seu mandato de 2009 a 2012. Segundo o MPF, Manoel prestou contas irregulares de convênio firmado com o Ministério da Cultura.
A ação se deu, segundo o MPF, devido ao projeto municipal “Seu Bairro é um Palco”, encaminhado ao Ministério da Cultura (MinC) firmado pelo convênio 700511/2008 no valor de R$104.980. De acordo com notícia publicada no site JusBrasil, em 2009 a prefeitura contratou o Grupo de Teatro São Gonçalo do Bação para executar o projeto, mas o grupo rescindiu o contrato e devolveu o dinheiro ao município. Mas em março de 2010, a Prefeitura de Itabirito firmou outra parceria com o mesmo grupo teatral, o Termo de Cooperação Técnica, repassando a seus responsáveis a quantia de R$75.024.
A prefeitura enviou a prestação de contas ao final da vigência do termo, em janeiro de 2011, mas a documentação estava incompleta. Dois anos depois, em março de 2013, diante do pedido de remessa de novos documentos, a Prefeitura de Itabirito alegou dificuldades na localização da documentação em virtude da troca de gestão na administração municipal. Por esse motivo as contas do primeiro convênio, do projeto “Seu Bairro é um Palco”, foi reprovada.
Outras irregularidades
Além das irregularidades nas prestações de contas, Manoel também responde por outras improbidades, como a contratação de empresas de transporte de passageiros e cargas sem a comprovação da prévia realização de processo licitatório. Foi detectado ainda que, embora o plano de trabalho previsse o valor de R$12.320 para a execução dos serviços de transporte, foram executados apenas R$6.831, sem os correspondentes comprovantes da destinação do saldo restante.
Os relatórios referentes à execução do projeto e documentos fiscais e bancários também não foram apresentados, assim como os comprovantes de pagamentos por serviços, aquisição de produtos e contratação de mão de obra. Ao todo, o prejuízo com os valores atualizados até agosto deste ano ultrapassam R$127 mil.
Caso seja condenado, Manoel terá que ressarcir integralmente o valor apurado, não poderá exercer cargo público na época da sentença, terá os direitos políticos suspensos e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios e incentivos fiscais. Em fevereiro deste ano, os direitos políticos de Manoel foram suspensos em outra ação, por abuso de poder político e econômico.