Infestação de escorpiões amarelos assusta moradores de Itabirito

Itabirito,
22 de Fevereiro de 2014

O período chuvoso e altas temperaturas, características da estação, aumentam a ocorrência de acidentes

O aparecimento constante e numeroso de escorpiões tem preocupado e causado muito medo aos moradores de alguns bairros de Itabirito. Segundo eles, o problema vem se arrastando desde o final do ano passado, mas no último mês, a situação tem piorado ainda mais.

Kátia Ribeiro, moradora do bairro Santo Antônio, conta que a aparição de escorpiões é frequente na sua rua. “Em apenas um dia apareceram mais de uns 25 escorpiões aqui na rua. Eram muitos mesmos. Nós tentamos matá-los, mas eles são muito ágeis e perigosos”.

Os moradores tentam diminuir os riscos e adotam algumas medidas de prevenção. A mãe de Kátia, por exemplo, chegou a colocar galinhas no terreno da vizinha para tentar reduzir e até mesmo acabar com o aparecimento dos escorpiões. “Eu sempre mantenho minha casa limpa. E aqui não teria como ter escorpião, pois eu moro no terceiro andar e nem tenho terreiro. Uma solução encontrada que ajudou a diminuir um pouco o aparecimento do animal, foi colocar galinhas no lote da vizinha. Depois que a dona autorizou, nós limpamos e deixamos algumas galinhas lá. Mas ainda encontramos escorpiões”, afirma a moradora.

Mas nem todos os moradores colaboram com a ação de prevenção. Segundo Kátia, seu outro vizinho não aceita e não autoriza a limpeza do terreno. “A prefeitura já compareceu ao local e deu um prazo para que o proprietário faça a limpeza e retirada de entulho. Caso não seja realizada até a data estipulada, o município irá notificá-lo. Mas até quando teremos que esperar?”, indaga Ribeiro, que afirma não ter sossego. “Eu não durmo a noite, fico em claro vigiado minha filha de dois anos dormir. Qualquer barulhinho a gente pensa que é um escorpião. Imagina se um bicho desse pica a minha filha ou minha mãe que já é de idade? Depois que o pior acontecer não adianta remediar”, ressalta a moradora.

Os moradores pedem uma ação mais efetiva do município antes que algo pior aconteça. Segundo a prefeitura já é realizado o trabalho de prevenção e catação dos animais. “Nós sempre seguimos o Manual de Controle de Escorpiões do Ministério da Saúde, então a gente vai até o local, orienta o morador nas questões de vigilância ambiental e a retirada de objetos que podem servir de esconderijos, não só para esses animais, mas também para todos os outros conhecidos como sinantrópicos, considerados ‘pragas’”, explica.

De acordo com Manual do Ministério da Saúde, dedetizar um ambiente a fim de exterminar os escorpiões faz com que os animais se desalojem, mas permaneçam vivos, aumentando os riscos. “Com a aplicação pulverizada de inseticidas, os animais se deslocam para regiões de superfície, onde não há veneno, e a possibilidade de acidentes aumenta”, ressalta Pacheco. “O que a população tem que fazer mesmo é eliminar os locais de abrigo, retirar o entulho e ficar atento aos possíveis locais de esconderijo, como vãos ou frestas nas paredes, vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha, reparar rodapés soltos, colocar telas nas janelas e manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados. Nas áreas externas, é importante manter quintais e jardins limpos, bem como colocar o lixo domiciliar em sacos plásticos mantidos fechados”, orienta.

Segundo a prefeitura, somente o bairro Santo Antônio solicitou a presença da equipe no local. A prefeitura pede ainda para toda vez que aparição desses bichos acontecer, os moradores entrem em contato com a zoonose para a catação. Quem tiver problemas com esses animais deve acionar a Zoonose do município pelo telefone (31) 3561-4033.

O que fazer caso seja picado

Em caso de picada, a pessoa deve imediatamente procurar uma unidade de saúde. Para aliviar a dor, é preciso fazer uma compressa de água morna e aplicar no local da picada até chegar ao hospital, onde o médico irá avaliar a necessidade ou não da utilização do soro, que é específico e deve ser utilizado de acordo com o tipo e a gravidade do envenenamento.

Além disso, é recomendável capturar o animal que causou o acidente e levá-lo junto para facilitar o diagnóstico e o tratamento correto.

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