Um evento que reuniu estudantes dos cursos de graduação da Ufop, no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) em Mariana, foi motivo de polêmica entre alunos, professores, servidores e a comunidade marianense. A controvérsia ocorreu devido à intervenção promovida pela Calourada de Serviço Social + Calourada Vermelha no dia 18 de setembro. Após uma oficina de grafite, os participantes foram convidados a pintar uma parte do prédio, com autorização pelo Instituto para realizar a atividade proposta na intervenção.
No entanto, alguns participantes excederam o espaço autorizado, pintando dizeres considerados inapropriados. De acordo com a vice-diretora do instituto Juçara Brittes, os organizadores da oficina pediram auxílio para a diretoria e se prontificaram a refazer a pintura quando perceberam que a intervenção fugiu ao controle. “Houve um acordo de que os dizeres estavam ofensivos e desnecessários. Os alunos doaram uma tinta e o chefe de segurança também se ofereceu para ajudar a refazer a pintura, apesar de algumas pessoas ainda serem contra”, relata a vice-diretora. “Do ponto de vista didático e pedagógico, a diretoria compreende o pluralismo das ideias no ambiente acadêmico. Percebemos a necessidade de promover debates e um seminário com convidados externos para que a comunidade pudesse refletir os acontecimentos à luz dos princípios da liberdade de expressão”, destaca Juçara Brittes.
Indignados com o ocorrido, alunos e moradores de Mariana emitiram cartas repudiando a proposta da intervenção. Contudo, além do debate promovido pelo Centro Acadêmico do curso de Serviço Social no dia 1º de outubro, outro debate também lotou o auditório do instituto na noite do dia 7 de outubro para esclarecer e discutir as pinturas no prédio. Cerca de 180 pessoas participaram do debate com o tema “O púbico, o privado e a liberdade de expressão”.