Itabirito reforça instituições que atuam na prevenção e tratamento ao uso de drogas e álcool

Itabirito,
18 de Novembro de 2016

Seminário sobre a política de prevenção foi realizado na última terça-feira (08-11), na Casa de Cultura

A política de combate ao uso de drogas e álcool, bem como o atendimento aos usuários, ganhou reforço neste mês de novembro. Aconteceu na terça-feira (08-11) na Casa de Cultura, o Seminário sobre a política de prevenção de álcool e drogas. O evento reuniu instituições ligadas à prevenção, atendimento ao usuário e representantes do setor público da área da saúde e Ministério Público. O prefeito Alex Salvador esteve presente na abertura do seminário e ressaltou importância do diálogo para a formatação de uma política pública eficiente na área. “Se não fosse a parceria com certeza nós não daríamos conta. Temos que fortalecer ainda mais as parcerias com as entidades que atuam nessa questão e garantir também investimento do poder público”, afirma o prefeito.

O objetivo principal do evento é integrar todos os atores envolvidos nas políticas públicas em torno do uso de drogas e álcool, seja na prevenção ou no atendimento aos usuários. Tanto o setor público quanto instituições privadas atuam nesse fluxo de atendimento e o seminário visa reforçar a ideia de rede, de modo a garantir que cada instituição tenha dimensão do ramo de atividade da outra e, assim, possam atuar de forma eficiente. Para a secretária municipal de Saúde, Salete Gomes, é importante que todos atuem de forma integrada.

“Essa questão vai desde a prevenção, até o tratamento e também o pós-tratamento. Os usuários que passaram por tratamento, por exemplo, precisam ser acompanhados para evitar recaídas, precisam ter acompanhamento para garantir a reinserção social. É um fluxo contínuo e complexo e todos precisam conhecer o trabalho uns dos outros para garantir o melhor atendimento”, afirma.

Durante sua apresentação, o coordenador técnico da Saúde Mental do município, Luizmar Rocha da Silva, explicou sobre a estrutura de saúde em Itabirito. Segundo ele, o usuário busca atendimento na rede de saúde quando quer se tratar ou mesmo costumam recorrer à rede de familiares de usuários. A forma de lidar com essas pessoas varia de acordo com a situação, por isso é importante que todos atuem de forma integrada. “Um grande desafio é compreender os campos de atuação de cada ponto de atenção na área de saúde, para que o cliente não fique sendo transferido o tempo todo”, afirmou durante a palestra.

Também participou do seminário a promotora de justiça de Itabirito, Doutora Vanessa Campolina, como representante do Ministério Público (MP). Durante sua palestra, ela explicou que o MP tem a função de resguardar os direitos dos cidadãos e fiscalizar para que toda estrutura de saúde do município esteja funcionando de forma adequada para receber usuários de álcool e drogas que necessitem de tratamento.

Instituições presentes

Estiveram presentes no Seminário diversas instituições que atuam na prevenção ou recuperação do usuário de álcool e drogas. Alcoólicos anônimos, Narcóticos Anônimos, Pastoral de Rua, Amor Exigente são algumas das entidades que marcaram presença no evento. O projeto Só Por Hoje, desenvolvido pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Itabirito (Adesita), existe há nove meses e trabalha com o intuito de resgatar os dependentes químicos e devolvê-los ao convívio da sociedade. Segundo Danilo Donato, um dos coordenadores do projeto, o Só Por Hoje acompanha inclusive o período pós-tratamento. “O projeto acompanha durante nove meses com grupos de ajuda. Esses grupos são muito importantes para acompanhar o dia a dia.Verificamos que 30% das pessoas que participam do grupo voltam a usar, enquanto o número de retorno entre os que não participam é de 80%”, afirma.

Paulo Henrique de Castro representou a entidade no evento da Federação Nacional das Comunidades Terapêuticas Católicas (FNCTC) e falou sobre as comunidades terapêuticas. Segundo ele, atualmente existem cerca de duas mil comunidades que recebem usuários em recuperação no Brasil. Ele ressaltou a importância de se debater a regularização dessas comunidades. “Discussões como as apresentadas nesse seminário são importantes para haver convergência nos serviços. É essencial, por exemplo, debater o tema da regularização das comunidades terapêuticas, para evitar a propagação de comunidades clandestinas e que prestam um serviço inadequado. Uma comunidade regularizada, por exemplo, só trabalha com pacientes que ingressam voluntariamente”, afirma.

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