Jornalista de Itabirito denuncia agressão

Itabirito,
22 de Julho de 2016

Suposta “perseguição” teria sido motivação

Uma desavença entre um jornalista e um empresário, ambos de Itabirito, resultou numa suposta agressão que acabou como caso de polícia no sábado (16). O jornalista Wilson Luiz de Oliveira, do jornal “O Grito”, diz ter sido agredido pelo empresário Willer Moraes, da EletroMoraes, pelas costas. A suposta agressão, segundo Wilson, pode ter sido motivada por um desentendimento antigo com a família do economista e também por conta de denúncia realizada no jornal. Willer nega a agressão e afirma que foi apenas um esbarrão sem intenção de machucar.

Em entrevista ao jornal O LIBERAL, Wilson contou que há tempos tem desavenças com a família de Willer e que uma publicação recente no seu jornal, pode ter culminado em agressão. “Na matéria eu apenas questionei a manutenção das câmeras de segurança do Parque Ecológico. As pessoas tem reclamado da falta de segurança no local devido a câmera que não funcionam e lâmpadas queimadas”, destaca Wilson. O equipamento foi instalado pela EletroMoraes, que pertence à família de Willer, vencedora de uma licitação no valor de R$500 mil para instalação de 16 câmeras no Parque Ecológico. A matéria ainda relata o fato de que oito aparelhos estariam com problemas e desativados.

Em sua defesa, também procurado pelo jornal O LIBERAL, Willer afirma que não agrediu Wilson e que não tinha conhecimento da referida matéria. “Não sou violento, muito menos tenho um histórico de confusão. Sou totalmente a favor da liberdade de imprensa e de expressão, todos que me conhecem sabem disso. O que o Wilson quer é polemizar. Ele não apura a verdade, apenas levanta fatos sem ouvir os dois lados. Essa licitação foi há dois anos. Nem temos mais contrato com a prefeitura. Só fui saber da matéria depois do incidente”, garante Willer.

As duas versões do fato

A agressão teria acontecido no sábado de manhã, quando Wilson estava em frente a um açougue. “Eu estava no Pilãozinho e quando fui entregar o recibo, senti minha cabeça se chocando contra uma quina. Quando levantei o corpo senti o sangue escorrendo pelo meu corpo e saí andando, falaram que ele me atacou por trás”, relembra. “Tanto ele agiu de má fé que nem ficou para dar socorro”, completa.

Após o choque, Wilson foi até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) onde recebeu atendimento médico e levou 11 pontos na cabeça. Ainda segundo ele, foi registrado um Boletim de Ocorrências contra Willer por agressão.

Já Willer afirma que não foi agressão, apenas uma trombada. “A minha loja é ali perto e ao sair, passando pela calçada, percebi que o Wilson estava lá. Ele fez um gesto como se fosse virar e eu endureci meu corpo. A gente se chocou e ele caiu”, assegura.

Willer lamenta a repercussão do caso, e se dispõe a conversar amigavelmente com Wilson para resolver o que considera um mal entendido. “Infelizmente o fato se tornou uma promoção de ódio. Que possamos nos entender e encerrar esse ciclo” propôs o empresário.

Wilson afirma que move uma representação. O caso será investigado pela polícia. “Não podemos ficar calados diante de tamanha violência. O direito de expressão é livre a todos. Se ele discordasse de alguma coisa, que me procurasse e resolveríamos. Partir para a agressão é injustificável”, ressalta o jornalista.

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