Justiça bloqueia bens da Herculano Mineração

Itabirito,
29 de Setembro de 2014

Objetivo é garantir a recuperação e a indenização dos danos causados pelo rompimento da barragem em Itabirito

O rompimento da barragem na mina da Herculano em Itabirito, no dia 10 de setembro, causou a morte de três operários. De acordo com Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) o fato decorreu de irregularidades na gestão ambiental da mineradora e da disposição ilegal de rejeitos em local que deveria estar desativado. Por esse motivo, o MPMG solicitou o bloqueio de bens da mineradora, em aproximadamente R$ 30 milhões.

A liminar foi deferida na segunda-feira (22) e também abrange os sócios da empresa. O objetivo é garantir a recuperação e a indenização dos danos causados pela tragédia. Em nota a mineradora informou que irá recorrer da decisão e que a inviabilização dos bens poderá impedir a execução de algumas medidas de emergência e segurança que estão sendo implementadas por orientação dos órgãos de fiscalização.

Com essa ruptura, toneladas de rejeitos foram carreados, o que gerou o rompimento da Barragem B2 e o galgamento da Barragem B3, chegando a atingir o Ribeirão do Silva, resultando ainda, segundo a instituição, em imenso dano ambiental.

Investigações continuam

O MPMG informou que, além da ação cautelar já proposta, estão em curso investigação sobre as causas do desastre ambiental e análise de quais medidas são mais adequadas para reparar os impactos e prevenir novos danos. Estão sendo apurados também os valores a serem indenizados.

Buscas por operário podem ser encerradas

O operador de retroescavadeira, Adílson Aparecido Batista, de 43 anos, que estava no local no momento do rompimento, ainda não foi encontrado. Segundo os bombeiros, é provável que Adilson tenha pulado da máquina na hora do deslizamento, já que a retroescavadeira foi encontrada. A área de busca abrange um tamanho de aproximadamente 30 campos de futebol, com profundidade variável de 1 a 5 metros.

Em uma reunião ao final da tarde da quinta-feira (25) os bombeiros decidiam se os trabalhos de buscas continuam. Após 16 dias de procura, as possibilidades podem ter sido esgotadas e a instabilidade do local pode trazer risco aos bombeiros.

Até a finalização desta matéria, a decisão não foi oficializada.

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