Mariana celebra centenário do nascimento de Dom Oscar de Oliveira

Mariana,
16 de Janeiro de 2012

Comunidade presta homenagens e reacende os ideais do 3° arcebispo da Arquidiocese de Mariana

Dom Oscar de Oliveira tem seu nome no rol dos grandes nomes da igreja católica não somente pela dedicação à Arquidiocese de Mariana, entre 1960 e 1988, mas também por ter sido um benfeitor da cultura, das artes e da educação. Uma missa em ação de graças, presidida pelo atual arcebispo, Dom Geraldo Lyrio Rocha, marcou o centenário de nascimento daquele que foi o 3º arcebispo de Mariana, realizada na segunda-feira, 9, na Catedral da Sé – Basílica de Nossa Senhora da Assunção, em Mariana. A cerimônia contou com a participação de representantes do clero, fiéis, comunidade e autoridades, como a prefeita de Mariana, Terezinha Ramos, e de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, além de familiares de Dom Oscar. Ele morreu aos 85 anos, no dia 9 de janeiro de 1997, em sua cidade natal de Entre Rios de Minas.

A missa foi concelebrada pelo bispo emérito de Jataí (GO), dom Aloísio Hilário de Pinho; o bispo emérito de Divinópolis (MG), dom José Belvino e o bispo emérito de Oliveira (MG), dom Francisco Barroso Filho (MG) e demais membros do clero arquidiocesano, como o padre Marcelo Santiago, pároco do Pilar (Ouro Preto), Padre Miguel Ângelo Fiorillo, da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem (Itabirito) e padre Geraldo Barbosa, da Paróquia de São Sebastião (Itabirito).

Entre os diversos feitos de Dom Oscar está sua articulação decisiva na criação da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) em 1969. Em Mariana, edificou a Cúria Metropolitana, a Cripta da Basílica, o Seminário Menor (Instituto de Filosofia) destacando-se também na salvaguarda do patrimônio cultural e artístico por meio da implantação do Museu do Livro, Museu Arquidiocesano de Arte Sacra e do Museu da Música, que no último dia 2 de dezembro recebeu o reconhecimento pelo Programa Memória do Mundo, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como um dos maiores acervos de manuscritos dos séculos XVIII e XIX. Professor do Seminário, escritor e poeta, foi membro da Academia Brasileira de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e viabilizou a criação da Fundação Marianense de Educação e do Jornal “O Arquidiocesano”. Além disso, atuou na implantação de escolas e unidades de saúde em Mariana, a exemplo do Hospital Monsenhor Horta.

Para Dom Geraldo Lyrio Rocha, o arcebispo deixou profundas marcas de dedicação à igreja e foi um exemplo cristão. “Com júbilo agrademos a vida e o ministério de Dom Oscar. Que Deus acolha nosso louvor, nossa ação de graças por tudo aquilo que realizou em nossa Arquidiocese”, afirma. A missa também contou com homenagens, como o Hino Jubilar de dom Oscar e a Oração Congratulatória pronunciada pelo cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho. “Deixou-nos um legado extraordinário Dom Oscar de Oliveira, pelo zelo com o patrimônio artístico e cultural de Minas e um apostolado destemido em prol do progresso da igreja e da pátria”, destacou o cônego, que ainda disse ser “praticamente impossível mencionar todas as benfeitorias realizadas pelo arcebispo”. Após a celebração, foi inaugurada a galeria de fotos dos ex-arcebispos de Mariana, sendo dom Oscar o primeiro a integrá-la. Na Cripta da Basílica, Dom Geraldo e os demais celebrantes fizeram uma oração e depositaram flores no túmulo do homenageado. A cerimônia também contou com a participação do Coral da Catedral da Sé e da organista Josinéia Godinho.

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