Mariana é alvo de pichações. Estudantes da UFOP podem ser os responsáveis

Mariana,
13 de Abril de 2015

Os debates sobre os limites da arte e a concepção de violação dos direitos públicos são intermináveis. Quando o assunto é o grafite, ou melhor, a pichação, as discussões ficam ainda mais abrangentes. Partindo disso, é que os responsáveis pela conservação do patrimônio histórico da cidade de Mariana, deverão se preocupar, para que a depredação, que está ocorrendo em grandes pontos do município, não atinja também os monumentos.

Se pode ser considerada arte ou não, é o que menos importa agora. Construções, casas e patrimônios de Mariana estão sendo pichados, o que vem causando desconforto na população, que sente-se lesada.

Não há padrões definidos, são palavras soltas, frases de efeitos e até desenhos que estão estampados nos muros principais, e mais visíveis da cidade. Um morador da região, que preferiu não se identificar, mostrou-se indignado com a situação, uma vez que entende essa como uma forma de degradação pública. “É verdadeiramente um absurdo o que está acontecendo. Nunca pensei que veria casas e lojas de Mariana marcadas dessa forma. A beleza da cidade está indo embora, junto com a ordem”, frisou.

Os órgãos de segurança de Mariana ainda não se manifestaram sobre o assunto. Há suspeitas que as pichações estejam sendo feitas por dois estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).

Polêmica e pichação na UFOP

No final do ano passado, durante uma oficina pertencente a semana de integração do curso de Serviço Social, muros indevidos do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) foram pichados. O ato, que ganhou repercussão nacional, entrou em debate entre membros da universidade, que apresentaram perspectivas bem diversas sobre o assunto.

Na ocasião, havia sido permitido pela diretoria do instituto que uma parede central fosse utilizada como extensão dos debates que ocorriam na oficina, e assim fosse pichada ou grafitada. Entretanto, a situação saiu do controle e a fachada da universidade também ficou comprometida, o que revoltou considerável número de estudantes e moradores.

A polêmica continua instilando divergência de opiniões dentro do ICSA, uma vez que parte dos alunos discorda da pichação e diz se incomodar com a parede que ainda não foi pintada, e outra parte apóia a liberdade de expressão nos muros da universidade, opiniões totalmente contrárias.

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