Morte de JK novamente sob investigação

Ouro Preto,
11 de Novembro de 2013

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais-ALMG recebeu, em audiência pública, dia 4 deste novembro, o ex-motorista da empresa de ônibus Cometa, Josias Nunes de Oliveira, acusado de ter provocado o acidente no qual morreu o ex-presidente da República, Juscelino Kubitschek. A reunião, solicitada pelo deputado Durval Ângelo (PT) deu sequência aos debates iniciados pela comissão no dia 16 de outubro último. De acordo com o ex-motorista, tanto ele quantos os 33 passageiros do ônibus, guiado por ele, no dia 22/08/76, presenciaram o acidente ocorrido na Rodovia Presidente Dutra, trecho que liga o estado de São Paulo ao Rio de Janeiro. Em seu depoimento, ele explicou que, ao ver a cena, parou na tentativa de prestar socorro, mas, ao verificar que havia outras pessoas no local e que os passageiros do veículo acidentado haviam morrido, seguiu viagem. No dia seguinte, ele foi chamado pelo setor jurídico da Cometa, quando foi argüida acusação. O motorista diz que sua vida acabou depois disso. Acrescenta que falsearam tinta do veículo em que estava o ex-presidente na lataria do ônibus e, com isso, foi indiciado pelo acidente. Josias lembra que foi acusado pelos colegas e acabou abandonado pela família. O motorista, agora com 70 anos, tinha 33 à época, e não mais conseguiu emprego. Aposentou-se por invalidez. Josias encerrou o depoimento, declarando que o delegado responsável pelo caso tentou convencê-lo a assumir a culpa pelo acidente e que recebeu visita de dois homens, que ofereceram mala de dinheiro para que ele assumisse a culpa.

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