Mudança no horário do comércio de Itabirito repercute na cidade

Itabirito,
04 de Agosto de 2013

Uma discussão sobre uma decisão tomada a respeito do aumento da carga horária no comércio de Itabirito, ganhou repercussão entre os interessados diretos na questão. A partir desta semana, o comércio de Itabirito está aberto até mais tarde.

Segundo o acerto, de segunda a sexta-feira, os estabelecimentos locais estão funcionando entre as 8h e 19h, e nos sábados entre as 8h e 14h. A alteração no horário de funcionamento do comércio foi sugerida pelo Sindicato do Comércio Varejista de Itabirito, o Sincovita, com a justificativa de que a população da cidade tem necessidade do aumento da carga horária, para fazerem suas compras. Segundo eles, o comércio fecha no mesmo horário em que as pessoas estão saindo do trabalho, desta forma, eles não tem tempo de fazer suas compras na cidade e procuram Belo Horizonte, onde o comércio fica aberto por mais tempo.

Vários comerciários, trabalhadores do comércio local, não concordaram com a mudança, sendo que a grande maioria é mulher e tem filho. Essa mudança, afirmam, diminui o tempo que elas têm para cuidar de suas crianças, e para atividades domésticas, além disso, não está previsto um aumento salarial nem pagamento de horas-extra, contestam. A crítica acabou recaindo sobre o Sindicato dos Empregados no Comércio de Itabirito, o Sindeci. Procurada pelo jornal O LIBERAL, a presidente do Sindeci, Vanda Fátima de Souza Freitas, explicou que a sugestão partiu apenas do sindicato patronal, sem consulta ao Sindeci, e foi respaldada em uma Lei Municipal que existe desde 2008, e autoriza essa readequação de horários.

O Sindeci lamenta não ter sido procurado para dialogar a respeito da mudança, não pelo fato da tomada de decisão, já que não cabe a nenhum sindicato autorizar ou não tal mudança, que é uma competência apenas do Município, mas para que a classe trabalhadora tivesse a oportunidade de observar o direito do trabalhador.

Vanda complementa, em nome do Sindicato, que não concorda com a mudança, e que uma reunião chegou a ser marcada entre os comerciários a fim de esclarecer a lei, alertar os trabalhistas a respeito de seus direitos, e propor uma mobilização.

É válido alertar que o aumento da carga horária é uma decisão que cabe à cada comerciante cumprir ou não.