Museu da Inconfidência completa 70 anos

Ouro Preto,
25 de Agosto de 2014

Exposição da tela de Nossa Senhora da Soledade, do mestre Athaíde, é parte das comemorações

Sediado em um dos cenários mais famosos de cartão postal do país, o Museu da Inconfidência completou 70 anos no dia 11 de agosto. A data foi comemorada na manhã do domingo (10) quando foi realizada uma confraternização no pátio interno do Museu. Ao som da apresentação do Trio Amadeus, chuva de poesias, organizada pelo poeta Guilherme Mansur, e incorporação da tela “Nossa Senhora da Soledade”, de Manoel da Costa Athaíde, a solenidade agraciou cerca de 120 pessoas com medalha comemorativa à data.

Na direção da instituição há 40 anos, Rui Mourão destacou o avanço do Museu desde a sua concepção. “Consolidando-se com o tempo, superando períodos de adversidades, o Museu conseguiu se manter como o grande pantaleão de culto da liberdade, que estava nas intenções do presidente Getúlio Vargas ao criá-lo. A instituição soube resistir entre o transitório e o permanente e converter-se em marco simbólico que ajuda na consolidação da nossa democracia”, ressaltou.

Compuseram a mesa do evento o presidente do Instituto Brasileiro de Museus – Ibram, Angelo Oswaldo; o diretor do Museu da Inconfidência, Rui Mourão; a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, Jurema Machado, representando a ministra da Cultura, Marta Suplicy; a superintendente do Arquivo Público Mineiro, Vilma Moreira dos Santos, representando a secretária de Estado da Cultura de Minas Gerais, Eliane Parreiras; e a presidente da Associação de Amigos do Museu da Inconfidência, Netícia Nelson de Senna.

O Museu

Rompendo uma tradição vinda dos tempos do reinado brasileiro de dom João VI, o Museu da Inconfidência foi o primeiro do país instalado fora da faixa litorânea. Instalado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, a instituição foi inaugurada em agosto de 1944, mas desde 1942 já abrigava o Panteão com os restos mortais dos principais conjurados de 1789. O prédio, que projetado por Luís da Cunha Menezes, o “Fanfarrão Minésio”, em 1784, também funcionou como penitenciária estadual, no período do governador João Pinheiro.

Em 2006, a instituição, que é dedicada a preservação da memória da Inconfidência Mineira, foi reaberta após passar por novos projetos museológico e museográfico.

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