As obras de construção da Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário (ETE) na região de Ouro Preto, conhecida como “Osso de Boi”, foram destaque na reunião ordinária de terça-feira, 28, da Câmara Municipal. A Construtora Piranguinhos COPIL - empresa contratada em 2010 para construir a Ete – teria se recusado a finalizar o serviço sem antes fechar um novo termo aditivo com o município e, com isso, a construção da estação estaria parada desde o ano passado. O contrato da obra é avaliado atualmente em mais de R$7,4 milhões.
A nova estação é esperada com expectativa pela população, haja vista que traria um alento e benefícios aos ouropretanos há muito castigados com a captação de esgoto precária e a poluição dos córregos que cortam o interior da cidade. O vereador Léo Feijoada (PSDB) aponta a lentidão na obra. “Apesar de ser prioridade para o governo, a ETE está ‘parada’ há meses, o que demonstra que o programa de tratamento e captação de esgoto ainda não decolou em Ouro Preto”, diz. O vereador ainda alerta que, “com o novo termo aditivo, a obra passaria a cerca de R$12 milhões”.
A ETE integra o programa de saneamento básico que realiza a implantação da rede coletora de esgotos pela cidade, já concluída em diversas localidades como na Barra, Vila Aparecida, Rua São José, São Cristóvão. “Mas infelizmente o projeto não chegou à metade. Por isso, é urgente a retomada das obras para o programa de saneamento que, a meu ver, é uma das maiores obras das últimas administrações”, afirma o vereador Flávio Andrade.
Informações prestadas pelo Serviço Municipal de Água e Esgoto de Ouro Preto (SEMAE-OP) à reportagem do O LIBERAL confirmam que a empresa contratada se recusou a renovar o contrato (aditivo de prazo) das obras. “Sendo assim, o SEMAE-OP realizará nova licitação e retomará os trabalhos ora interrompidos no local”, esclarece a autarquia. Ressalta-se que a obra do Osso de Boi irá desmembrar a rede pluvial da rede de esgoto, fazendo com que antes de ser devolvida aos leitos dos rios, a água do esgoto seja tratada em cerca de 95% de suas impurezas. A superintendente executiva da autarquia, Kenny Murta, também deverá esclarecer mais detalhes sobre o assunto na Câmara de Ouro Preto.