Ato também celebrou o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Para comemorar os 30 anos de luta antimanicomial no Brasil, profissionais da Rede e usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de Itabirito, Ouro Preto e Mariana realizaram uma passeata nas ruas de Itabirito na tarde de quinta-feira, 18. O evento teve o objetivo de propor uma reflexão sobre o tema e combater os preconceitos.
O ato, que partiu da Avenida Queiroz Júnior, em frente à Prefeitura, também celebrou o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração de Crianças e Adolescentes. A caminhada contou com acompanhamento da Fanpaz da Escola Laura Queiroz e outras instituições. No final do evento foram realizadas apresentações culturais na Praça da Estação.
Esse ano, em sintonia com o Fórum Mineiro de Saúde Mental, o tema refletido foi “Faz escuro, mas eu canto: Liberdade em todo canto”. De acordo com o coordenador técnico da saúde mental de Itabirito, Luizmar Rocha, o tema faz alusão, e ao mesmo tempo uma crítica, ao momento que estamos vivendo no Brasil, um tempo de escuridão no cenário político nacional, contudo, “é preciso seguir lutando, e ter esperança de transformação, buscar no colorido da arte a inspiração para vencer o medo que assombra e faz retroceder”. Para ele, é importante relembrar a luta. “Hoje é um dia histórico, de pessoas que clamam por implantação de políticas publicas que ofereçam um novo modelo assistencial ao portador de sofrimento mental”, salientou.
O prefeito Alex Salvador participou do evento e falou da data. “Sabemos da importância de uma boa gestão da saúde para a população. Por isso, aqui em Itabirito, estamos empenhados em fazer um bom trabalho, com prioridade e investimentos, especialmente na área de saúde mental, que é fundamental”, frisou.
Dia da Luta Antimanicomial
O dia “18 de maio” marca a luta por mudanças no modo de tratamento da saúde mental no Brasil, que permitiu que os pacientes fossem tratados de forma mais humana, com mais consideração, acolhimento e inserção social e ocupacional, como acontece no Caps Adulto e Infantil.
“Esta data marca a mudança de uma assistência que segregava e mantinha as pessoas pressas em manicômios. Este dia representa uma mudança da assistência, tratando as pessoas em meio aberto, articulando uma rede de assistência da saúde e do social, buscando a construção da autonomia dessas pessoas e a construção do espaço delas na sociedade”, salientou o coordenador da saúde mental de Mariana, Sérgio Rossi.