Polícia Civil apresenta suspeitos de matarem mulheres em Antônio Pereira

Ouro Preto,
20 de Janeiro de 2017

Na manhã da sexta-feira (13) a Polícia Civil de Ouro Preto apresentou à imprensa os dois suspeitos de matarem duas mulheres no distrito de Antônio Pereira, em outubro do ano passado. Durante a coletiva, que ocorreu na Delegacia da cidade, a delegada Adriana Pereira relatou detalhes da investigação e a participação de cada suspeito, que também foram inquiridos.

A delegada contou que foi realizada intensa investigação com apoio da população da região. “Na data da captura, no dia 12 deste mês, recebemos a informação de que o investigado estaria viajando a pé pela rodovia BR-356, em Itabirito. De imediato, a mensagem foi repassada à equipe da delegacia local, que obteve êxito na localização do suspeito”, conta a delegada, ao ressaltar a importância do trabalho integrado dos policiais dos dois municípios. Já o possível comparsa do suspeito foi preso em Antônio Pereira, no dia 28 de dezembro.

As investigações

Os crimes ocorreram em outubro do ano passado e após investigação, um dos suspeitos, que teria sido comparsa na ocultação do primeiro cadáver, foi preso no dia 28 de dezembro. Já o principal suspeito, que seria o autor das duas mortes, foi preso no dia 12 deste mês. Os suspeitos são irmãos.

Apurações da Polícia Civil apontam que o principal suspeito teria iniciado uma atividade criminosa em série com o auxílio do irmão. Diante disso, a autoridade policial representou pela prisão dos suspeitos junto ao Judiciário e Ministério Público. Diversas atividades foram realizadas até a captura da dupla, incluindo trabalho de campo e ferramentas de inteligência, com participação de policiais civis de Ouro Preto e Itabirito.

Correlação

Segundo Adriana Pereira, o assassinato da segunda vítima, Caetana Felipe Melchiades, está relacionado à primeira, e seria uma queima de arquivo para ocultar a morte da primeira vítima. Os suspeitos negam a autoria do crime, mas de acordo com as investigações, nos dois casos foi empregada a mesma forma de abordagem violenta. “No laudo de necropsia da primeira mulher, devido ao avançado estado de decomposição, não foi possível constatar sinais, mas no laudo preliminar da segunda, é possível identificar lesões típicas de tortura e de violência sexual”, observou a delegada.

Os suspeitos

Dois dias após a localização do primeiro corpo, o principal suspeito chegou a ser levado para delegacia, mas naquele momento não havia elementos para ratificar a prisão. A delegada informou que aguarda o laudo conclusivo de necropsia da segunda mulher e que também serão ouvidas novas testemunhas para finalizar o inquérito e encaminhá-lo à Justiça.

Os dois suspeitos possuem antecedentes criminais por tráfico de drogas, sendo que um deles também já foi preso por estupro em 2009, permanecendo no presídio até junho de 2016, quatro meses antes dos novos casos.

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