A Polícia Civil de Minas Gerais está com parte de seus trabalhos paralisados, devido a uma greve acordada entre os servidores, desde o dia 10 de junho. A reivindicação é pela revisão da Lei Orgânica da Polícia Civil, incluindo pedido por melhor remuneração e aumento de cargos via concurso público.
A Polícia divulgou seus anseios de forma detalhada, alegando que a escassez de recursos humanos, número insuficiente de policiais para execução de serviços e ausência de recursos logísticos como viaturas e material de limpeza comprometem a prestação de serviços. A reclamação também é a respeito das instalações em estado precário, caso em que Ouro Preto conta, comparativamente, com um prédio recém reformado, enquanto Mariana e Itabirito ainda têm suas unidades funcionando em prédios inadequados, de acordo com o Sindicato da Polícia Civil de Minas Gerais.
Ainda segundo o Sindicato, os policiais civis trabalham sobrecarregados, o que causa problemas de toda sorte, incluindo os de saúde. Para os policiais, o diagnóstico de que mesmo com o trabalho da Polícia Civil, o crime tem crescido a cada dia por falta de suporte do Governo, é desanimador.
Na região de Ouro Preto, Mariana e Itabirito, as delegacias das três cidades estão somente em caráter de urgência contando com flagrantes, além disso, serviços como Detran, setor de CNH e registros de BOs se encontram com atendimento reduzindo em 30%.
Segundo policiais civis, a greve é legítima, ao buscar uma valorização da Polícia Civil, além de não ter data para acabar, por enquanto. Ouro Preto já sente na pele a diminuição do efetivo da Polícia Civil nas ruas da cidade.