Prefeitos se reúnem para discutir futuro da mineração em Minas Gerais

Ouro Preto,
17 de Dezembro de 2015

Vice-prefeito Chiquinho Xavier representou Ouro Preto na AMIG

Além dos prejuízos sociais, materiais e ambientais ocasionados pelo rompimento da barragem de Fundão, Mariana e Ouro Preto sofrerão um severo impacto econômico nos próximos meses. Alguns milhões de reais deixarão de entrar nos Municípios por causa da paralisação das atividades da Samarco. Para discutir este e outros impactos, representantes dos Municípios mineradores de Minas Gerais participaram dia 25 de reunião na sede da AMIG (Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais) em Belo Horizonte.

“Viemos junto com os Municípios mineradores trazer a solidariedade aos nossos irmãos marianenses. Desde o primeiro dia, disponibilizamos todo tipo de ajuda ao prefeito Du. Hoje, estamos juntos em outra batalha, pelo povo, pelos recursos que os municípios deixarão de arrecadar”, explicou o vice-prefeito de Ouro Preto, Chiquinho Xavier.

Ouro Preto sofrerá uma queda na arrecadação de aproximadamente 2 milhões de reais por mês relativos à taxa CFEM. O cálculo inicial foi baseado na arrecadação desses últimos dias, após o rompimento da barragem do Fundão.

Zelinho, presidente da AMIG e prefeito de Congonhas, cobrou urgência na aprovação do Marco Regulatório da Mineração e ressaltou a importância de mudar a alíquota recebida pelos Municípios de 2% para 4%. O prefeito Duarte Júnior, de Mariana, lembrou a falta de preparo por parte das mineradoras para com as cidades próximas às barragens, onde não há treinamento para a população em casos de urgência. Já o prefeito de Itabirito, Alex Salvador, cobrou a dívida que a empresa Vale tem com os Municípios devido à taxa da CFEM.

Além de Ouro Preto, participaram do encontro outros 13 Municípios associados à AMIG: Mariana, Congonhas, Itabirito, Itabira, Santa Bárbara, Rio Piracicaba, Catas Altas, Belo Vale, Igarapé, Nova Lima, Barão de Cocais, Brumadinho e Conceição do Mato Dentro.