Problemas na saúde voltam a ser debatidos por vereadores

Mariana,
29 de Junho de 2015

Não é novidade que os vereadores da Câmara Municipal de Mariana cobram da Prefeitura Municipal melhorias para a saúde pública da cidade. Durante reunião ordinária o assunto da instalação dos leitos de UTI voltou a ser debatido pelos parlamentares, que esperam resposta do Executivo.

A liberação dos leitos de UTI continua preocupando os vereadores de Mariana, que seguem sem muitas informações sobre o assunto. Na sessão ordinária da segunda-feira (24) o vereador Cristiano Vilas Boas solicitou ao Executivo cópias dos documentos sobre a UPA e UTI da cidade. A preocupação é tal que o também parlamentar Bruno Mól afirmou que o assunto não pode “esfriar”, pois Mariana não poderia continuar sem UTI.

O município, no momento, não tem UTIs disponíveis, o que dificulta certos tratamentos que necessitam de aparelhagem específica. Depender de cidades vizinhas como Belo Horizonte, Itabirito e Ouro Preto torna a situação mais delicada e instável. À exemplo do mês passado, com a paralisação das atividades na Santa Casa de Ouro Preto, os serviços de saúde em Mariana ficaram sobrecarregados e também deficitários, pois alguns especialistas não estão disponíveis para atendimento no SUS do município e por isso as demandas eram transferidas para o serviço da cidade vizinha.

A situação tornou-se tão preocupante que os vereadores de Mariana chegaram a debater quais as possíveis medidas que poderiam ser tomadas para evitar um caos no sistema de saúde e uma queda na qualidade, sendo pauta de uma reunião interna com responsáveis pela Santa Casa de Ouro Preto.

Crise no SAMU

Além da falta de UTI, demoras para atendimento e falta de especialistas na cidade, Mariana enfrenta agora uma crise no atendimento emergencial através do Serviço de Atendimento Móvel de Saúde (SAMU). Segundo um morador da cidade, que preferiu não se identificar, há uma classificação, como uma triagem, feita pelo telefone e se, para o médico de plantão, seu caso não for urgente o bastante para que a ambulância vá buscá-lo, o serviço não é prestado.

O morador conta que semanas atrás acordou pela manhã com fortes dores no peito e ligou para o número da emergência. Após passar seu endereço e dados, foi encaminhado para falar com um médico, que após uma série de perguntar avaliou que seu caso não era suficiente para que o SAMU fosse buscá-lo, ficando sem atendimento. “Não acredito que seja possível um médico avaliar minha condição pelo telefone. Isso, em minha opinião é se recusar a prestar o serviço, o que é inadmissível”, ressaltou.

Segundo informações do site da Prefeitura, o SAMU é acionado em casos como sangramentos e hemorragias, queda acidental, queimaduras e trabalho de parto com risco de morte para a mãe ou feto. O serviço é disponível 24 horas e pode ser solicitado através do 193.

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