Promova Moradia e Renda entrega moradias populares

Ouro Preto,
20 de Novembro de 2014

Termo de posse é assinado e 103 famílias serão beneficiadas

Na terça-feira (04/11) na cerimônia de entrega das moradias populares no Conjunto Habitacional Vila Alegre, as famílias cadastradas há cerca de 10 anos no Projeto Promova Moradia e Renda assinaram o contrato de posse de suas novas residências. As casas são compostas com dois quartos, sala, cozinha, banheiro, circulação e varanda externa, totalizando uma área construída de 50,25 m². Estão situadas em local bem estruturado próximo ao CAIC, em Cachoeira do Campo.

Marcada por grandes emoções, lágrimas e depoimentos das pessoas que ouviam chamar seus nomes para assinarem os papéis, a cerimônia de entrega foi um evento histórico para muitas famílias e também para a Prefeitura de Ouro Preto.

Esther dos Reis tem 46 anos, dois filhos e há 13 anos aguardava o desenrolar da situação e a casa própria. A diarista e manicure conta que está emocionada em finalmente conquistar sua moradia. “Tive muita espera e agradeço hoje a Deus, a Nossa Senhora Efigênia e ao prefeito José Leandro porque estou conseguindo minha casa. A perna está trêmula, o coração disparado; é uma emoção muito grande. Uma casa significa tudo pra mim”, relata com emoção.

O Prefeito José Leandro Filho se emocionou durante o discurso e desejou felicidades nesta nova etapa da vida dos cidadãos. “Estamos aqui por causa de vocês”, disse. Ele ainda agradeceu a Deus e a seus pais por conseguir entregar um volume tão grande e expressivo de residências. Conta que este loteamento está numa área nobre de Cachoeira do Campo e tem toda estrutura necessária: esgoto, rede de água pluvial para drenar a água das chuvas e rede de água potável.

José Leandro também confessa que a alegria é indescritível. “Eu levo isso comigo como um estímulo pra ser prefeito de uma cidade como é Ouro Preto e sinto uma enorme satisfação em proporcionar a mudança na vida de muitas pessoas. É muito importante para a cidade ter menos 103 famílias pagando aluguel ou morando em área de risco”.

A secretária de Desenvolvimento Social, Habitação e Cidadania, Regina Braga, lembra que em sua atuação como vereadora já acompanhava a questão destas famílias e que agora como secretária se sente muito próxima à luta destas pessoas, “É como se eu estivesse ganhando uma casa também junto com eles”, afirma. Ela relata que faz parte deste processo, “acompanhei todo o sofrimento, a luta e essa vontade que eles tinham de ter sua casa própria. Hoje agradeço e me emociono por ajudar a realizar o sonho destas pessoas que estava parado durante muitos anos”.

Histórico

Em um longo contexto que envolveu muitas lutas e esperas, algumas famílias que foram despejadas por estarem em área de risco tiveram que sair de suas casas para que fossem demolidas. Desde então viviam com o auxílio do Aluguel Social e continuaram batalhando por sua casa própria. Com isso, foi criada uma associação habitacional com famílias que se manifestaram em prol de sua moradia.

Após a troca de governo, foi necessária uma readequação do Projeto para efetuar a construção das residências. Na época em que foi elaborado, o orçamento era de 28 mil reais por casa. Contudo, o desenrolar da construção foi efetivado somente na gestão atual e, portanto, os custos não correspondiam aos valores iniciais. Após uma reavaliação dos preços e do projeto, a construção de cada casa ficou em torno de 60 mil reais. Com esta revisão, a Prefeitura investiu o dobro do previsto e aplicou 6 milhões de reais, além de contar com a ajuda de 3,5 milhões vindos do Governo Federal.

Dentre os acontecimentos também houve uma ocupação irregular na obra das casas em abril de 2013, mas com diálogo as pessoas foram retiradas do local e enviadas para um abrigo. De acordo com a secretária de Desenvolvimento Social, Habitação e Cidadania, Regina Braga, através de uma análise sócio econômica, as que estiveram dentro dos critérios legais foram beneficiadas com o auxílio do Aluguel Social.