Queda na cotação do minério de ferro prejudica Ouro Preto e demais Municípios Mineradores

Ouro Preto,
24 de Dezembro de 2014

Prefeitura busca novas empresas para a cidade

As prefeituras de cidades mineradoras estão preocupadas com a economia em declínio, a redução na produção e o preço internacional do minério de ferro, que pode ocasionar diminuição de receita municipal. De acordo com dados da Receita Municipal de Ouro Preto, houve uma considerável queda no preço do minério de ferro nos últimos quatro anos, período em que a cotação da tonelada métrica seca já chegou a valores próximos à U$ 200,00, entre o fim de 2010 e em 2011, e, hoje, encontra-se no patamar de U$ 80,00.

A perda de dinamismo da demanda mundial por minério de ferro e a manutenção dos preços reduzidos no mercado internacional têm dificultado a previsão de evolução do mercado e, consequentemente, o ajuste da produção com a otimização dos estoques.

Como resultado, em Minas, onde o setor é dominado pela produção do minério de ferro, o volume de valor adicionado sofreu com um histórico de taxas de variação negativas ocorridas durante os anos de 2012 e 2013, conforme indicam os relatórios do Centro de Estatísticas e Informações da Fundação João Pinheiro, e que chegaram a ter reduções trimestrais de até 7,9%.

Segundo o prefeito José Leandro Filho, 2015 será um ano difícil para a arrecadação no município, “a Prefeitura terá que fazer um controle semanal das despesas e investimentos para manter a qualidade”.

A mineração no Estado de Minas Gerais é muito antiga e os investimentos novos estão sendo conduzidos e priorizados para as minas de Carajás, no Estado do Pará, tornando a extração na região do estado mineiro mais cara e inviável para os investidores. A crise pode agravar se a cotação do minério de ferro continuar caindo.

Busca por Novas Empresas

A Vale e a Samarco estão diminuindo os investimentos, com 12% a menos em 2015 em relação a 2013 e 80% em referência a 2011. Já está previsto o fechamento da Novelis, e o município está em busca de novas empresas em setores variados para manter o nível de arrecadação municipal e garantir a qualidade de vida aos ouro-pretanos.

“Para trazer novas empresas é importante sensibilizar o Estado para prover companhias capazes de sustentar o patrimônio de Ouro Preto e gerar empregos à população”, ressalta José Leandro.

A rede de supermercados EPA já está em Ouro Preto e estão previstas mais duas novas empresas em setores diversos para auxiliar a economia da cidade e gerar empregos a partir de 2015.

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