Empresa terá prazo de nove meses para gerar planejamento
Na quarta-feira (13) a Prefeitura de Ouro Preto, juntamente com Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto de Mobilidade Sustentável RuaViva deram início ao planejamento de mobilidade urbana para o Município. O intuito principal é manter a conservação das mudanças durante longo período de tempo: cerca de 20 anos.
O Plano de Mobilidade Urbana é uma exigência do Ministério das Cidades no sentido de que os municípios planejem suas obras objetivando maior prazo de duração. Elementos como a melhoria das calçadas, adaptação no transporte ferroviário, criação de espaço para ciclistas, transporte público que diminua a quantidade de veículos em circulação e até mesmo a implantação de teleféricos, são possibilidades a serem consideradas ao novo Plano de Mobilidade Urbana de Ouro Preto.
Através de levantamento de dados, estudos geológicos e ouvidoria pública, as obras no Município serão pensadas para atender as necessidades do cidadão e melhorar a qualidade de vida de quem mora e trabalha em Ouro Preto. A secretária de governo, Érika Curtiss, afirma que o interesse da gestão atual é fazer um Plano de Mobilidade que tenha duração de 20 a 30 anos. A secretária afirma que técnicos irão trabalhar para preparar a melhor forma da população se locomover. O Plano estudado irá pensar as possibilidades considerando as limitações geográficas da cidade para preparar uma cidade em que as pessoas possam se movimentar de maneira eficiente e confortável. “Queremos que os cidadãos sejam ouvidos e que integrem o patrimônio do Município”.
De acordo com o diretor do Instituto RuaViva, Ricardo Mendanha, o estudo a ser realizado irá caracterizar o destino das pessoas e mercadorias e assim simular alternativas para seus deslocamentos. A partir destas prioridades, o Plano irá definir o que será viável para auxiliar no atendimento das necessidades e na demanda da cidade. “São alternativas a serem estabelecidas para que a atual e futuras gestões possam ter instrumento para buscar recursos e implantar os projetos”, afirma.
A parceria com o Iphan irá atentar para a criação de acesso de qualidade à cidade, para o maior número de pessoas, além de adequar os projetos à soluções integradas em prol do Município. João Carlos Oliveira, coordenador do Instituto, diz que a preocupação da instituição é a forma como o morador irá fazer apropriação de sua própria cidade. “Queremos uma cidade integrada onde todos tenham capacidade de mobilização. Se nós tivermos a capacidade de fazer com que as pessoas se sintam à vontade em transitar de forma eficiente, sem recorrer ao automóvel, daremos um passo muito importante”, conclui.
O Plano de Mobilidade de Ouro Preto será apresentado em audiência pública no mês de setembro.