Saae Itabirito ultrapassa média nacional e trabalha para alcançar 90% dos esgotos tratados

Itabirito,
11 de Maio de 2018

“Realmente faltou vontade política. Mas por parte da administração passada”, afirma Wagner Melillo, diretor presidente do Saae de Itabirito, em resposta à coluna Notas da Pedra, publicada na edição nº 1.288 do jornal O LIBERAL, sobre o rio Itabirito. Afinal, em 2014, o Saae retomou as obras na Estação de Tratamento de Esgoto de Itabirito (ETE) que estavam paralisadas, colocando em operação e em apenas quatro anos ultrapassou a média nacional, que é de 42,6%. “A meta é tratar 90% dos esgotos até o final deste ano”, afirma Melillo.

A ETE de Itabirito também se tornou a primeira na região a tratar o lodo gerado no sistema de tratamento de esgoto doméstico, funcionando como um jardim, já que as plantas são capazes de degradar todo o lodo gerado. O projeto-piloto é de uma empresa de acadêmicos da UFMG. Atualmente, a ETE gera em torno de dez toneladas/mês de lodo, que são levadas para o aterro. Com a implantação total do projeto, o número cairá para zero, contribuindo para o aumento da vida útil do aterro sanitário.

E não para por aí! O Saae implantou o Projeto Córrego Limpo, que contempla, além das obras de redes interceptoras de esgoto, o monitoramento da qualidade das águas e conscientização da população sobre a importância da preservação dos córregos e rio. A iniciativa já retirou quase 100 milhões de litros de esgoto/mês dos córregos São José, Criminoso e Carioca. “A cada córrego despoluído, percebemos a melhoria da qualidade da água. Isso foi constatado com a presença de alevínios (filhote de peixes) encontrado recentemente no Córrego São José”, diz Melillo.

O Córrego Limpo atuou nos bairros São José, Santa Rita e Calçadas, com oito frentes de trabalho e quase dois mil metros de novas redes interceptoras. Para a finalização do Projeto Córrego Limpo, estão programadas obras no próximo mês nos bairros Pedra Azul e Veneza e nas ruas Angelina Salermo e Chile para a despoluição do Córrego São José. Para o Córrego Carioca, restam as obras das ruas Marechal Floriano e Augusto Bretas.

Solange Aparecida de Souza, moradora há 11 anos do bairro São Mateus, relata que “não temos mais mau cheiro. Posso almoçar tranquilamente. Antes, o cheiro era tão forte que não podíamos ficar no terreiro. Tínhamos que comer só dentro de casa. Estou muito satisfeita com essa obra de despoluição dos córregos”.

A participação da população, evitando o lançamento de lixo e entulho, denunciando irregularidades e não fazendo ligações clandestinas, é de extrema importância.

Resultado que se vê: Córregos já recuperados

Córrego carioca:

    • de três milhões de litros de esgoto/mês deixarão de ser lançados diretamente no Córrego;
  • 750 metros de redes interceptoras já finalizados;
    • de 200 casas beneficiadas diretamente;
  • 100% do esgoto captado até o fim das obras.
  • Córregos são josé e criminoso:
    • de 93% da obra concluída;
    • de 95 milhões de litros de esgoto/mês retirados do Córrego;
    • 1.000 metros de redes reformadas e novas redes;
    • de 25 bairros beneficiados diretamente;
  • 100% do esgoto captado até o fim das obras.

O Rio Itabirito

O Saae realizou estudo sobre a qualidade das águas do rio Itabirito atualmente. O estudo traz experiências sobre o índice de poluição do rio Itabirito e mostra que o Projeto Córrego Limpo e o tratamento dos esgotos sanitários trouxeram relevante diminuição na poluição das águas do Itabirito. Antes das obras do Projeto serem executadas, o índice de carga orgânica chegava em média a 58 mg/L em períodos secos, considerado alto índice de poluição. Com a conclusão das obras, esse índice caiu para uma média de 1,35 mg/L, uma redução de mais de 97%. Esses valores atendem à resolução do Conama 357/2005, que estabelece que os rios de classe II devem ter, no máximo, 5 mg/L de carga orgânica em forma de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio).

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