Servidores da Educação cobram promessas a Pimentel e podem deflagrar indicativo de greve

Ouro Preto,
29 de Abril de 2015

Paródias como “Olê olá prometeu tem que pagar” e “Eu sou professor com muito orgulho e muito amor” ecoavam aos quatro cantos da Praça Tiradentes do 21 de abril

A cerimônia da 64ª Medalha da Inconfidência ficou marcada, após 12 anos de governo tucano, por maior participação popular e algum exercício da democracia. No evento, mais de dois mil professores protestavam a favor da educação e dos direitos trabalhistas da classe. Representantes de várias regiões do Movimento dos Sem Terra (MST) também estiveram presente e assistiram a festividade, que homenageou entre as 141 personalidades, o líder do movimento, João Pedro Stédile.

Camisas pretas com grafias amarelas dizendo “Luto pela Educação” uniformizavam os 2,6 mil professores que preencheram a praça Tiradentes para assistir a entrega das homenagens. O objetivo do grupo, que tinha representantes de várias cidades mineiras e vinham de um congresso em Belo Horizonte, era cobrar do governador do estado, Fernando Pimentel, as promessas feitas durante o período eleitoral. Segundo uma das manifestantes, a professora de história Elizabethe Bitencourt, da cidade de Itajubá, Sul de Minas, a principal reivindicação da classe é o pagamento do piso salarial, estipulado em cerca de R$1800,00 para empregos de nível médio e pelo plano de carreira. A educadora explica que embora esse valor estipulado tenha sido obtido através de uma média nacional, o pagamento correto deve ser realizado levando em conta as especializações de cada profissional. “O valor de R$1800,00 é uma média nacional feita com os professores de nível médio e a partir dela foi instituído o piso salarial. Porém, um educador que tenha especializações, pós-graduação ou mais tempo de serviço, por exemplo, deve ter um salário bem maior. Isso é a valorização da educação brasileira.”.

O professor de geografia e coordenador da subsede do SIND-UTE, Gamariel Cardoso, também comentou a importância dos direitos exigidos e ressaltou que, caso não haja uma nova proposta do governo estadual, há possibilidades de greve. Segundo ele, seguindo as normais da lei, os servidores da educação já estão convocando assembleias e pautando as exigências, uma vez que foi entregue a proposta inicial a Pimentel no primeiro dia letivo de 2015, dia dois de fevereiro. A próxima assembleia dos profissionais da educação está marcada para o dia 29 de abril e a partir dessa data, quando ocorrerá uma paralisação geral no estado mineiro, pode ser deflagrado o indicativo de greve. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, afirmou, em coletiva de imprensa após o evento, que não deixará de cumprir as promessas feitas aos servidores da educação, embora a situação financeira do governo não esteja boa. Ainda segundo ele, quanto ao piso salarial e as negociações que estão sendo feitas com a classe, foi oferecido um abono de R$190,00 e dentro de quatro anos chegarão ao valor estipulado pelo piso.

Servidores da Educação cobram promessas a Pimentel e podem deflagrar indicativo de greve
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