Situação de rua no Alto da Cruz preocupa moradores e autoridades

Ouro Preto,
03 de Novembro de 2013

A Rua Maestro Joaquim Aniceto, no bairro Alto da Cruz, é um local que passa por situação difícil de abandono e falta de recursos, segundo moradores da região. O morador Edson Fernando Silva procurou o Jornal O LIBERAL após várias tentativas de recorrer pessoalmente às autoridades responsáveis.

Edson falou da falta de iluminação pública no local, que fica escuro e perigoso durante a noite, sua própria casa já foi assaltada duas vezes. Saneamento básico também está em falta no local. Há ainda as reclamações a respeito de duas quadras, construídas há cerca de oito anos, mas que hoje se encontram em estado de abandono e já não são mais usadas para o lazer da comunidade.

Outra questão preocupante que Edson ponderou foi o fato de haver uma mina na rua que é usada como depósito de lixo. Segundo ele, o morador da casa vizinha à mina garante que ela é de sua propriedade, e por isso joga o lixo de sua casa no local, “lá enche de baratas, aranhas, escorpiões, a gente se depara constantemente com dois, três ratos mortos quando passamos na rua”, explicou. Ele relatou que fiscais fazem visitas, tiram fotos, mas não retornam com uma solução.

Edson explicou que já procurou respostas para essas questões pessoalmente, na Prefeitura, na Secretaria de Obras, no Semae e também já participou de uma audiência pública na Câmara de Vereadores, há cerca de três meses. Lá foram prometidas várias medidas para o bairro e especificamente para a rua, que não foram realizadas ainda, de acordo com o morador.

O secretário de Obras de Ouro Preto, Geraldo de Paula Vargas, e o diretor da Secretaria, Carlos Alberto dos Reis, receberam a reportagem do Jornal O LIBERAL e explicaram a real situação do local. Segundo eles, a rua faz parte de uma área condenada desde 1979, quando sofreu um grave deslizamento e todos os moradores precisaram ser retirados da região.

Com o passar dos anos, a rua que deveria existir apenas para passagem voltou a ser ocupada mesmo representando área de risco 3, de acordo com classificação da Secretaria. “A ocupação é irregular e de risco, por isso a Prefeitura não tem autorização para fazer alterações mesmo de rede de esgoto ou iluminação pública, pois essas melhorias incentivariam a ocupação que não pode mais acontecer na rua”, explicou o secretário.

De qualquer forma, o secretário se comprometeu a levar um geólogo da Secretaria de Obras ao local, para fazer uma análise, emitir laudos e concluir o que é possível fazer pela rua. Sobre as quadras, a reclamação será encaminhada para a Secretaria de Esportes que decidirão as medidas que serão tomadas.

A questão da mina que serve como depósito de lixo a céu aberto já era de conhecimento do diretor Carlos Alberto, e ele se comprometeu a encaminhar a notificação para a fiscalização de posturas da Prefeitura. O problema do lixo a céu aberto deve ser resolvido imediatamente.

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