Subcomitê da Bacia do Rio Itabirito promove reunião itinerante

Itabirito,
02 de Março de 2018

Integrantes do Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Rio Itabirito promoveram na última sexta-feira (23/02), o primeiro encontro de 2018. Para marcar a ocasião foi realizada uma reunião itinerante, na qual foram visitados vários pontos de importância ambiental no município como: sítios arqueológicos, algumas obras, nascentes, mineradoras, aterro sanitário e unidade de tratamento de água.

As visitas foram coordenadas pelo presidente do Subcomitê do Rio Itabirito e secretário Municipal de Meio Ambiente, Antônio Generoso, que ressaltou a importância de levar a equipe a campo para conhecer de perto a realidade ambiental do município.

“Nossa intenção foi mostrar de perto para os integrantes do Subcomitê os problemas, as dificuldades e as conquistas do trabalho desenvolvido no município em prol do meio ambiente e da bacia hidrográfica do rio Itabirito”, explicou Generoso.

No total, 19 pessoas participaram da reunião itinerante, cujo grupo foi formado por representantes do SAAE, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, da Câmara Municipal, da Gerdau, Copasa, Associação Comercial, SAFM Mineradora e ONG Águas do Acuruí.

O grupo saiu do Parque Ecológico e a primeira parada foi no aterro sanitário, onde pôde conhecer um pouco sobre o trabalho ali realizado. Itabirito é hoje uma referência nacional no tratamento do lixo e o aterro é responsável por receber 900 toneladas de resíduos por mês. Outro ponto importante é que 45% de todo o lixo da cidade é reciclado.

Logo em seguida, o Subcomitê foi até a Unidade de Tratamento de Água do SAAE, na BR 040, onde a chefe de Setor, Heloísa França, explicou sobre o funcionamento básico do local, responsável por abastecer principalmente a fábrica da Coca Cola, além de condomínios e algumas casas de Água Limpa. Heloísa explicou que ali, o SAAE administra dois poços e monitora nove nascentes, observando a vazão, a qualidade e o nível da água. Ela disse também que um dos principais problemas enfrentados pela autarquia na região é a perfuração de poços clandestinos.

Heloísa informou que Itabirito consome em média 500 mil m³ de água por mês e esclareceu como infundados os boatos de que a Coca Cola vai acabar com a água do município. “Tal assertiva não tem fundamento e inclusive toda a água consumida pela empresa é paga ao SAAE”, contou. A próxima parada foi nas proximidades da mineração da Gerdau, em Várzea das Flores, e depois o grupo conheceu onde serão realizadas as obras da barragem de rejeitos de Maravilhas III da Vale. Em seguida, o responsável pela ONG Águas do Acuruí, Odilon de Lima, falou sobre a importância das barraginhas, pequenas escavações construídas à beira das estradas, responsáveis por reter água da chuva e impedir as enxurradas, que sujam os rios daqui com compostos de minério, tendo como modelo algumas construídas às margens da Rodovia ITA/14.

Os integrantes conheceram nestas imediações o Córrego do Bugre, que é abastecido pela Vale e trata-se de uma reserva de água importante para os animais silvestres do local.

Outro ponto importante da visita foi na Estação Ecológica de Aredes, onde os integrantes puderam conhecer o sítio arqueológico, composto pelas ruínas de uma antiga fazenda, senzala e capela do século 18.

A responsável pela administração do local, Andreia Almeida, fez uma explanação sobre o local e explicou que a Estação perdeu parte considerável de sua área por conta de um projeto de lei aprovado no dia 28 de dezembro, que cede um grande trecho para a mineração.

“Lamentamos esse ocorrido e tememos que isso pode ser prejudicial para a preservação e a conservação da fauna e flora da estação além de suas ruínas”, contou Andréia.

Por fim, o grupo visitou algumas obras na BR 040 e que chegaram a influenciar na turbidez do rio Itabirito na semana passada. Os integrantes elogiaram a iniciativa das visitas, pois essa foi uma ótima oportunidade de conhecer a fundo o município e ver de perto os desafios para se preservar o rio Itabirito e o meio ambiente local.

“Conseguimos ter uma visão prática de que os desafios são muitos, mas que estamos no caminho certo e que preservar nosso meio ambiente é investir na economia e nas gerações futuras de nossa cidade”, finalizou o vereador Max Fortes.

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