Trabalho social ensina capoeira à jovens de Ouro Preto

Ouro Preto,
09 de Junho de 2013

Pesquisando por Ouro Preto ainda é possível encontrar várias pessoas, entidades e grupos que se preocupam com o próximo, com a comunidade mais carente, e dão atenção em forma de doações, campanhas e trabalhos sociais. Às vezes a necessidade não é só de alimento, de roupa ou de dinheiro, é de distração, esporte, um passatempo que tire as pessoas do ócio e que acrescente de alguma forma.

Felizmente ainda há onde encontrar quem ofereça opções de atividades para a comunidade mais carente. Um exemplo são as aulas de capoeira ministradas no bairro Saramenha por Márcio, conhecido no meio como Contra Mestre Café, um trabalho social que atende crianças e adolescentes da região.

Márcio é professor de capoeira formado no Grupo Cativeiro e resolveu dar a mesma oportunidade que teve aos jovens de Saramenha, que é seu bairro. Em 2010 ele começou a ministrar suas aulas gratuitamente como um trabalho independente do Grupo em que ele se formou.

Hoje Márcio atende cerca de 40 jovens em aulas ministradas às terças e quintas, às 19h, no Salão Comunitário do bairro. Segundo o Mestre, ele acredita que a prática da capoeira o ajudou a se tornar a pessoa que é hoje, e diz que com o esporte, ele ajuda os jovens da cidade a se tornarem agentes multiplicadores no futuro.

Além das aulas gratuitas que Márcio oferece aos jovens carentes do bairro Saramenha, ele também ministra aulas em Mata dos Palmitos, Bandeiras, e Manja Légua, mas infelizmente devido aos gastos de transporte e alimentação para esses locais, nestes casos, Márcio cobra uma contribuição dos alunos.

Sobre a capoeira

A história da capoeira começou no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. Como muitos dos escravos que vinham para o Brasil eram da Angola, esses angolanos trouxeram consigo a tradição de ‘dançar ao som de músicas’.

A capoeira também veio da necessidade que os escravos encontraram de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta, então eles adaptaram um tipo de luta ao ritmo e movimentos de suas danças africanas. A capoeira era uma arte marcial disfarçada de dança, caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando chutes e rasteiras, além de acrobacias em solo ou aéreas.

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