Tratamento oncológico pode ser tema de audiência pública em Ouro Preto

Ouro Preto,
07 de Setembro de 2014

No mês de agosto os vereadores da Câmara Municipal de Ouro Preto levantaram a possibilidade de tratar pacientes que lutam contra o câncer no próprio Município, e não em Belo Horizonte, como é feito atualmente. O tema foi questionado quando o vereador Wander Alburqueque afirmou que a Prefeitura de Ouro Preto gasta mais ao realizar o transporte dos pacientes para a capital do que seria o tratamento na Santa Casa de Ouro Preto.

Para comprovar tal afirmação os vereadores aprovaram um requerimento solicitando que o executivo informe o custo desse transporte. O vereador Wander teve o apoio da maioria dos colegas, como do vereador Dudu Gonzaga, que inclusive é membro da Comissão Especial que esteve na Santa Casa no dia 14 de agosto. “Segundo Marcelo Oliveira, provedor técnico da Santa Casa, a quimioterapia para 160 pode ser realizado no município com o repasse de R$ 86 mil por mês pela Prefeitura. Ele ainda garantiu que o restante do tratamento pode ser custeado pelo hospital”, destacou Dudu Gonzaga.

Já o líder do governo, Roberto Leandro, discordou dos demais, e ressaltou que a Prefeitura não tem condições de arcar com o tratamento, e que o meio mais eficaz é o tratamento no Centro Oncológico de Belo Horizonte.

O presidente do Legislativo, Léo Feijoada, também apoiou a maioria dos colegas, mas avaliou que o assunto deve ser tratado com mais profundidade em uma audiência pública, e ainda solicitou que o presidente da Santa Casa compareça no Plenário para esclarecer os reais custos do tratamento na cidade.

A Prefeitura fala sobre o assunto

Em entrevista ao jornal O LIBERAL, a secretária de Saúde, Sandra Brandão, informou que atualmente dois microônibus, quatro vans e quatro carros administrativos realizam o transporte dos pacientes. Além desses veículos, Sandra ressaltou que há também ambulâncias para transporte de pacientes acamados, debilitados e transferências intra-hospitalares.

Atualmente o município auxilia 21 pacientes que fazem quimioterapia e radioterapia em B.H, nos Hospitais Luxemburgo, Baleia e Mário Penna. Outros 145 pacientes estão em controle oncológico pós cirurgia, quimioterapia e radioterapia, que realizam consultas mensais, trimestrais ou semestrais.

Sobre os valores totais do tratamento, Brandão informou que não há custo separado. “O município não possui custo separado por tratamento oncológico. Hoje o custo mensal é de R$ 93.460,00. Atualmente são encaminhados para Belo Horizonte em torno de 80 a 100 pacientes por dia”, afirma Sandra Brandão.

Quanto ao processo de credenciamento do serviço de oncologia do Hospital Santa Casa da Misericórdia de Ouro Preto, Sandra destacou que para “o mesmo já foi realizado um pré-estudo de viabilidade, aprovado na Comissão Intergestores da Região Centro Ampliada (CIRA). Mas com a edição da nova Portaria SAS/MS n° 140 de 27 de Fevereiro de 2014, o processo foi retornado ao município para que o Hospital se adequasse à nova portaria”, finaliza Brandão.

Tratamento oncológico pode ser tema de audiência pública em Ouro Preto
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