Ufop divulga novas medidas para enfrentar o impacto da redução orçamentária

Ouro Preto,
30 de Setembro de 2015

A medida de maior impacto é a redução em 15% do quadro de funcionários terceirizados

A Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) reuniu a imprensa na manhã da terça-feira (22) para divulgar as próximas ações da instituição como estratégia de diminuir os impactos com a redução das verbas repassadas pelo Governo Federal.

De acordo com a direção algumas medidas foram tomadas já em outubro do ano passado, mas no decorrer desse período, as novas medidas restritivas do Governo Federal obrigaram a Administração Central a promover outras ações para adequar os gastos ao orçamento disponível.

Recentemente, em razão dos contingenciamentos impostos ao MEC, da ordem de R$ 11 bilhões, as universidades deixaram de receber a totalidade dos recursos programados para 2015. No caso da UFOP, apenas em custeio, há um déficit estimado de R$ 15 milhões, o que a impediria de cumprir boa parte de suas obrigações já a partir de outubro próximo.

O reitor Marcone Jamilson Freitas Souza anunciou as ações que permitirão à UFOP adequar as contas ao seu orçamento, inclusive em 2016. A medida de maior impacto é a redução em 15% do quadro de funcionários terceirizados. Foram anunciados também cortes em diárias, passagens e viagens, além de reajustes no preço das refeições dos Restaurantes Universitários: R$ 3,00 para alunos, R$ 5,00 para servidores e R$ 10,00 para visitantes. As medidas entrarão em vigor no início do semestre letivo 2015/2. De acordo com informações da direção, as adequações orçamentárias vão economizar R$ 1 milhão até o fim deste ano, chegando a R$ 6 milhões em 2016.

Fim da greve dos técnicos administrativos

Um dia após o pronunciamento do reitor, os técnicos administrativos da universidade decidiram pela suspensão da greve, que já durava 115 dias. A votação contou com 58 votos a favor, 44 contra e duas abstenções durante a assembléia ocorrida na quarta-feira (23).

Mesmo não concordando com a proposta do Comando Nacional de Greve (CNG) que propõe aumento salarial de 5.5% em agosto de 2016, e mais 5% em 2017, a maioria dos presentes compreenderam que no momento não há a possibilidade de uma nova negociação, visto os cortes de gastos anunciados pelo governo na última semana.

De acordo com o sindicato, a retomada das atividades depende maioria das outras universidades frente ao CNG para que seja decidido o fim definitivo da paralisação. A expectativa é de que até na sexta-feira (25) o CNG já conte com o posicionamento das bases e assim delibere uma decisão sobre o fim da greve.

Em nota a Assufop lamenta as decisões tomadas pela administração da universidade para se adequar às novas condições orçamentárias. “A decisão de desligar aproximadamente 90 funcionários terceirizados vai contra as premissas trabalhistas do sindicato, que mostra-se preocupado com os rumos que a universidade pode vir a tomar nos tempos difíceis que se aproximam”, reitera o comunicado.

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