Vereadores acusam executivo de perseguir servidores

Mariana,
17 de Dezembro de 2011

Durante a reunião ordinária da segunda-feira, 12, da Câmara, os vereadores discutiram a exoneração do assessor técnico da Prefeitura Municipal, Geraldo de Souza Sales, mais conhecido como “Geraldinho”, que no último dia 1º, teria sido afastado do cargo comissionado por causa de sua atuação na elaboração de lei (174/2011) que trata do reenquadramento salarial de 32 categorias de servidores do município. Ele teria sido exonerado após aprovação do projeto, na Câmara, no dia 28 de novembro. “É uma falta de respeito tremenda com um servidor efetivo há 20 anos. Após a aprovação do projeto ele foi alvo de perseguições dentro da Prefeitura e ciúmes por parte do Sindicato dos Servidores Municipais”, afirma o vereador Juliano Vasconcelos. De acordo com o vereador, “Geraldinho teria sido remanejado para outro departamento da Prefeitura”. O vereador Bruno Mol também comentou o caso. “É lastimável o fato de um servidor ter sido demitido por simplesmente ter apresentado um projeto que trouxe tamanho benefício para o funcionalismo”.

O ex-assessor técnico estaria envolvido também na proposição do reajuste do auxílio-alimentação e do abono natalino de R$ 300, no qual o projeto de lei, de autoria do executivo, foi apresentado na última sessão. Outro questionamento foram os empréstimos “abusivos” que estariam sendo descontados na folha de pagamento do servidor. Uma comissão formada pelos vereadores Aida Anacleto, Reginaldo de Castro e Juliano investiga o caso e as possíveis situações de perseguição e assédio moral. Desapontado com a situação, o presidente da Câmara, vereador Geraldo Souza Sales, o Bambu, solicitou a convocação do secretário de administração, Júlio César Araújo Dias. “Temos poucos servidores comprometidos e justamente esses têm sido perseguidos. Queremos que essa Casa dê uma atenção especial a esse caso, uma resposta à sociedade”, considera.

O secretário Municipal de Governo e Relações Institucionais, Francisco de Assis de Souza (Chico Veterinário), nega as práticas de perseguição na Prefeitura. “A exoneração de Geraldinho foi um ato estritamente de cunho administrativo da prefeita Terezinha Ramos, que entendeu a necessidade de readequar sua assessoria técnica, e também não guarda relação com o projeto. Além do mais, a atual administração combate e condena categoricamente as práticas de assédio moral e perseguição, tão comuns em outros governos de nossa cidade”, rebate.

Túnel Bala

A próxima reunião da Câmara contará com a presença do secretário de obras, Altair Marchetti Junior, e de um representante da Completa Engenharia, a fim de se esclarecer as obas de transposição do córrego do Catete. O Túnel Bala ocupa há meses o centro das polêmicas em função do aporte de recursos investidos, que seriam mais de R$ 28 milhões, os transtornos a comerciantes e moradores e a falta de informações acerca do projeto, até então com término programado para novembro deste ano. Ela é alvo de questionamentos também por causa das dotações orçamentárias que estariam sendo remanejadas, a exemplo do Projeto de Lei n.º 189 que solicitou, na segunda-feira, 12, a abertura de crédito suplementar para a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, cujos recursos seriam revertidos na readequação de drenagem pluvial.

A transposição do córrego do Catete se iniciou na gestão interina de Bambu, sendo que o vereador aponta irregularidades no andamento das atividades. “Houve alterações no projeto inicial, como a instalação de coletores pluviais nas proximidades do comércio, que não estariam contempladas no contrato que firmamos à época”, diz Bambu, que ainda propõe uma “inspeção do TCE (Tribunal de Contas do Estado)”. Já os vereadores Fernando Sampaio e Juliano Vasconcelos reiteraram o erro no nivelamento do Túnel Bala e as multas a serem pagas pela Completa Engenharia, conforme já reportado pelo O LIBERAL.

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