Vereadores contestam segurança pública de Mariana

Mariana,
22 de Setembro de 2014

Na reunião ordinária de segunda-feira (8) realizada na Câmara de Mariana, os vereadores debateram mais uma vez sobre a situação da segurança pública na cidade. Devido ao assalto de uma agência bancária no centro da cidade, o assunto foi amplamente discutido durante a palavra livre. Segundo o vereador Bruno Mol (PSDB) presidente da Casa Legislativa, há denúncias recebidas na ouvidoria da Câmara de Mariana de que os efetivos da polícia militar estão parados em postos de apoio sem fazer a ronda ostensiva. “Os postos de apoio foram criados para facilitar o trabalho da polícia, mas tenho recebido reclamações de que os policiais passam horas nos postos e acabam não fazendo a ronda, o que prejudica ainda mais a segurança das pessoas”, declarou Bruno Mol, que disse já ter informado ao Capitão da Polícia Militar, Erly de Jesus, sobre o incidente.

“É um absurdo o que estamos vivendo. O assalto aconteceu no Centro da Cidade. Estamos no limite. Chegamos ao ponto dos assaltantes agirem a madrugada inteira e a polícia não ver nada”, proferiu o vereador José Jarbas Filho (PTB). Já para o vereador Tenente Freitas (PHS) um dos problemas da segurança pública se deve à falta de efetivos da polícia militar. “Uma das saídas é investir nas guardas municipais. Precisamos dar condições para que os guardas possam trabalhar 24 horas. Sem o armamento, nossos homens ficam desprotegidos”. Freitas disse ainda que os postos policiais que estão sendo inaugurados nos distritos estão sendo ocupados pela Guarda Municipal. “A polícia militar não tem homens para trabalhar em Mariana, muito menos nos distritos. Quem fica nos postos é a guarda”, finaliza.

O vereador Geraldo Sales (PDT) complementou a discussão apontando o alto custo de vida em Mariana como um dos empecilhos para que os efetivos da polícia militar permaneçam trabalhando na cidade. “O Capitão Erly já deixou claro que 90% dos policiais da região não querem ficar em Mariana, pois não conseguem se manter financeiramente”, destaca Geraldo Sales. Para buscar uma solução, a Câmara de Mariana prepara uma audiência pública que acontecerá no dia 25 de setembro, às 19h, no Centro de Convenções. Na ocasião será discutida a violência nos distritos, o aumento do efetivo da Polícia Militar e Civil, a falta de estrutura da Polícia Civil, o aumento da criminalidade, a sensação de impunidade e a nova lei federal que regulamenta a guarda municipal. Toda a população é convidada.

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