Intimidação pode estar relacionada às denúncias feitas ao executivo pelos vereadores
Uma carta anônima com ameaças de morte a três vereadores de Ouro Preto chamara a atenção da cidade no início da semana. O envelope com a carta foi deixado na manhã da terça-feira (14) no para brisa do carro do vereador Chiquinho de Assis (PV) que logo depois de se inteirar do conteúdo ligou pra os colegas, Wander Albuquerque (PDT) e Léo Feijoada (PSDB) alertando sobre a intimidação.
Durante a reunião da Câmara Municipal da mesma terça, o vereador Wander afirmou que as ameaças podem ter relação com as denúncias de corrupção que os referidos vereadores têm feito contra a atual administração e pediu ajuda do Legislativo para a segurança dos pares. “A ameaça não é para a pessoa, mas aos vereadores. Por isso peço que a Câmara tome as devidas providências para que se investigue e achem o culpado”, pediu o vereador. Já Leo Feijoada disse não temer a ameaça. “Cão que ladra não morde. Ameaças de morte em Ouro Preto são mais suscetíveis aos moradores com a falta de coleta de lixo e saneamento básico. Não temo esses covardes que roubam a prefeitura e fazem ameaçazinhas”, garantiu Léo.
Os vereadores fizeram denúncias para criar uma CPI que investigue o contrato de coleta de lixo no município, que segundo eles foi realizado sem licitação, com o custo de aproximadamente R$1 milhão ao mês. De acordo com o conteúdo da carta este seria o segundo aviso a Léo Feijoada, e o primeiro para Chiquinho e Wander. Os dizeres, que foram feitos com recortes e palavras em frases impressas mandam os apartes ficarem calados com frases como: “Apagaremos vocês e sem medo. Vocês conhecem o sistema, e bem. Não tire o que é meu. Todos calem a boca, senão um vai ser com a picareta, outro na lixeira, e outro, como gosta de pneu, será cremado com eles”.
A Câmara irá fazer um pedido ao Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) para aumentar a segurança dos parlamentares ameaçados e também um pedido ao Ministério Público e a Polícia Civil para investigarem o caso.