Violência contra a mulher atinge níveis alarmantes em Itabirito

Itabirito,
09 de Junho de 2013

Ao comparecer à delegacia de polícia Civil de Itabirito, quase que semanalmente, é possível se deparar com mulheres vítimas de violência doméstica, denunciando e procurando atenção para os problemas que sofrem em suas casas. O problema que atinge mulheres em todo o mundo é antigo e prevê punição por meio da Lei Maria da Penha, que nem sempre é tão eficiente quanto o esperado.

A Violência Contra a Mulher é definida por qualquer ato ou conduta que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual e psicológico à mulher, tanto na esfera pública quanto na privada. A Lei Maria da Penha criminalizou a violência contra a mulher desde 2006, e vem sendo aplicada analogicamente até mesmo na proteção de homens, mas os dados sobre violência doméstica continuam alarmantes.

Segundo relatório feito no ano passado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (Dieese), quatro entre dez mulheres já foram vítimas de violência doméstica. Olhando para Itabirito os dados assustam no que diz respeitos aos números deste tipo de crime, só nos primeiros seis meses deste ano, 58 mulheres já haviam registrado boletins de ocorrência contra companheiros agressores.

Segundo a Polícia Civil de Itabirito, as maiores causas da violência contra a mulher são envolvimento com álcool e drogas, ainda segundo a polícia esse tipo de crime não descrimina classe social e nem faixa etária.

De acordo com a Polícia, dos 58 casos que chegaram até a delegacia, nenhum resultou em prisão, por vários motivos. Quando uma mulher é agredida pela primeira vez, ela vai até a delegacia fazer sua denúncia, a partir daí é feita uma representação ao Juiz da cidade, que pede medidas preventivas contra o agressor. Entre essas medidas estão imposição de determinada distância que se deve manter da mulher agredida, e se o agressor descumprir as medidas e for pego em flagrante, aí sim ele é preso. Acontece que não só em Itabirito quanto na maior parte do país, a mulher costuma retirar a denúncia e desistir de seguir em frente já na etapa de se fazer a representação, além disso o fato do agressor ser preso apenas em flagrante atrapalha, já que grande parte da violência conta com o silêncio das mulheres.

A Delegacia de Polícia Civil de Itabirito apela para que as tantas mulheres que já compareceram lá, levem a frente suas denúncias para diminuir este número que vem aumentando a cada ano.

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