A Lei dos 15 minutos

12 de Maio de 2017
Jornal O Liberal

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Assim como muitas outras, neste país – grande bobo e irresponsável – a lei dos quinze minutos, tempo máximo que agências bancárias teriam para manter cada cliente em espera, virou letra morta, ou “não pegou”, como diz o vulgo. Seguindo o princípio do “pelo mais fácil”, dentro do famoso jeitinho, no qual tupiniquins já se consagraram lá fora, os bancos passaram por cima do verbo “esperar”, não importando a forma que fosse, e investiram na mudança da espera “em pé” para “sentado”. As agências passaram a disponibilizar assentos e implantaram o sistema da senha eletrônica, dando impressão aos clientes de maior agilidade de seus serviços. É tudo ilusão, tapeação, embromação, pois se vegetal fosse o cliente até criaria raízes dentro da agência bancária! A própria senha confirma o que aqui se diz; basta ao cliente comparar a hora de entrada, marcada na senha, com o momento de sua chamada ao caixa. Por todo o Brasil, pipocaram movimentos pró-redução do tempo nas filas bancárias, dando oportunidade aos políticos locais de faturar prestígio em torno da reivindicação. E a lei se fez! Políticos ganharam prestígio, os bancos tiveram oportunidade de gastar um pouco do que mais têm, para enrolar, e, a clientela, “enrolada”, continuou na mesma, porém sentada. Se progredir a espera, dentro de pouco tempo, assentos deverão ser substituídos por equipamentos para dormir.

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