A salvação da cidade está nos demais distritos

24 de Janeiro de 2012
Jornal O Liberal

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Com as “escaramuças” da natureza em resposta à vilania humana no trato com seu habitat, volta à baila, em Ouro Preto e Mariana, a questão das ocupações irregulares, quase sempre em áreas de risco. Passa-se o ano, na base do “oba-oba”, “eu sou mais eu”, “comigo ninguém pode”, mas quando vêm chuvas mais prolongadas e o perigo se manifesta, levanta-se o xingatório contra o solo de Ouro Preto, que não presta, é instável, escorrega à toa. Esses pertencem à turma de tupiniquins que só pensam em levar vantagem, driblar leis, regulamentos e o diabo a quatro, não se importando com o resto do mundo. Mas, atenção especial merecem os que, desprovidos de moradia, embora trabalhadores e cumpridores de seus deveres de cidadania, arriscam-se com suas famílias a morar em locais de risco, por falta de opção e de recursos. Com o crescimento da cidade, tais áreas são cada vez mais ocupadas, pressionadas pela necessidade de um lado e pela especulação imobiliária de outro, que eleva o preço dos imóveis como conseqüência da baixa oferta. Em cima disso tudo ainda trabalha a malandragem de maus políticos que, dos subterrâneos de suas ambições, estimulam, instigam as ocupações, para tudo ser “legalizado”, posteriormente, em troca do voto. O que o município precisa é de uma Política (com P maiúsculo) de desenvolvimento, que contemple todo seu território com incentivo à fixação dos residentes nos demais distritos e respectivas áreas rurais, desestimulando, ao mesmo tempo, novas construções na periferia da sede municipal.

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