Protecionismo também no terreiro

16 de Janeiro de 2012
Jornal O Liberal

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Corporativismo e protecionismo ao lado do nepotismo, nas altas esferas governamentais, são vícios sob constantes ataques, não só da mídia, mas de toda a sociedade, de modo geral. É o mínimo que cabe aos conscientes dos verdadeiros princípios republicanos fazer, toda vez que anomalias enodoam a Constituição garantidora de direitos e oportunidades iguais a todos os cidadãos. A sociedade não deve aceitar, de cabeça baixa, e, aos guardiões da lei caberia aplicar impeditivos, resguardando, assim o que deve ser público, de todos, como diz o original res publica (coisa pública) e não de pessoas ou de grupos. Entretanto, práticas protecionistas continuam a existir e, paradoxalmente, na base da pirâmide, são seguidas em favor dos mais próximos. Configura-se aí a imagem da pisada no “rabinho do próximo, ao mesmo que se esconde o próprio”! A prática é tão corriqueira que, ao cidadão não envolvido, passa despercebida, causando, porém, frustrações aos que estão na expectativa de oportunidade. Oportunidades de preenchimento de vagas são oferecidas por meio de concursos, inscrições antecipadas e outras modalidades de seleção, mas a divulgação, exigida por lei, se faz com prazo insuficiente para que candidatos externos se inscrevam, beneficiando, assim os já inseridos no grupo. A prática lembra bem o caso de boate cercada pela polícia: quem está fora não entra, quem está dentro não sai!

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