“Cem anos de solidão” foi um dos livros que marcaram minha adolescência. Devido a ele tinha um desejo “secreto” de conhecer seu autor, Gabriel García Márquez, o qual nos deixou mais sós semana passada. Terá ido habitar um mundo fantasioso, semelhante às páginas e personagens tão singulares e ao mesmo tempo universais de Macondo?
Como em seu livro, somos tão díspares às vezes e, ao mesmo tempo, tão iguais... Mas, como podemos ser suscetíveis aos mesmos fatos e realidades e encará-los de formas tão diferentes?
“Viver é matar um leão por dia”, anunciam. Coitado do bicho! Imaginem se a metáfora se transformasse em realidade? A Selva estaria órfã de seu Rei, que entraria em extinção. E quem é que se canditaria ao cargo? Olha que este ano, além da Copa, teremos Eleições, hein! E a nossa Selva de Pedra precisa de um comando!
Assim como cada um precisa saber comandar o seu dia a dia, pois viver é saber tocar as coisas pra frente. É não estagnar diante das dificuldades que nos são impostas, porque simplesmente não vai adiantar ficar parado. Simples assim: afinal de contas até o nosso casulinho não passa todos os segundos de todos nossos dias girando?
Só deve ficar parado quem já se foi. Mas, talvez nem lá no céu o grande Gabo assim esteja. Quem sabe não está relatando a Deus a história de certos Buendía?