Ai, ai...

07 de Setembro de 2014
Priscilla Porto

Priscilla Porto

Viver é ter que aceitar muitas coisas que acreditávamos impossíveis de descer por nossa garganta.

Ao nascermos, deveríamos ser avisados, de que além da gostosa papinha preparada com carinho, anos à frente, teríamos, também, que engolir muitos sapos.

Mas, engolir esse bicho esquisito pode, em um segundo, terceiro ou até em um trigésimo sexto momento, não ser tão amargo assim. Pode ser a mola motivadora que nos fará perceber que não somos o centro do mundo. Pode ser a lição extra-curricular que nos ensina que é preciso ser paciente, é necessário tentar compreender coisas incompreensíveis, é questão de sobrevivência ser forte.

E deixar na noite em que choramos copiosamente, para trás, junto com as lágrimas e o certificado de “coitadinho(a)”, a fraqueza e o ressentimento.

E seguir a luta...

E aquele bicho feio e asqueroso, metaforicamente semelhante aos nossos maiores temores, surgirão. Sempre. Talvez por toda vida. Enquanto abrimos os olhos pela manhã ou até o nosso último suspiro. Para alguns, pode aparecer de vez em quando. Para outros, sortudos, iluminados ou mais esclarecidos, pode quase não dar as caras ou ser absolutamente desprezado. Depende da diversidade da vida e da natureza das pessoas, tão diversa quanto.

E o que devemos é não ter medo. Coisa de criança.

É necessário, mesmo que se acredite estar injustamente abandonado, crer que ninguém ou nada, poderá te afetar tanto ou pra sempre.

E entender que o que precisamos, acima de tudo, mesmo, é ter fé.

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