Ai dos decentes! II

07 de Abril de 2017
Jornal O Liberal

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Vive-se num país surrealista, onde tudo de ruim pode acontecer e acontece – veja-se, por exemplo, o caso Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro – ainda que até Deus ponha dúvida. Na edição passada, nota com o mesmo título acima foi questionada quanto ao seu final. Houve quem imaginasse não ter sido concluída pelo redator, mas ela daquele modo terminava porque foi assim que aconteceu: ao tentar entrar na porta virtual, onde, presumia-se, deveria estar a informação buscada, a dita cuja estava trancada para os não iniciados. O redator só não sabia que o impasse persistiria, não obstantes esforços empregados. A nota era conclusiva, mas o caso não! Em seguida àquela frustração, a busca continuou aqui e ali, uma dica de um, outra dica de outro, um telefonema e mais outro telefone com o qual se contatar, no Ministério das Comunicações. Comemorou-se: oba, agora vem a solução, pois é da fonte original! Ledo engano! Depois de alguns sinais de chamada, o telefone se conecta com o nada. Parece piada, mas de acordo com informação fidedigna, o telefone é do Ministério das Comunicações; pode até ser mas, não se comunica com ninguém, pelo menos no reino dos simples mortais, como viúvas e herdeiros de antigos servidores federais. A continuar o país desse jeito, consumido pela corrupção e trancado quanto aos serviços essenciais, melhor seria devolvê-lo para Portugal. Resta saber se os “portugas” aceitam a devolução!

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