Antônio Francisco Lisboa (O Aleijadinho)

24 de Novembro de 2013
Alex Bohrer

Alex Bohrer

Antônio Francisco Lisboa nasceu escravo, filho natural do arquiteto e mestre-de-obras português Manoel Francisco Lisboa e de sua escrava Isabel. Nasceu nos arrabaldes de Antônio Dias, Vila Rica, no ano de 1738 (ou 1730, como querem alguns).

Provavelmente alforriado ao nascer, recebeu o sobrenome do pai. Certamente aprendeu com o pai a técnica dos riscos e os preceitos básicos de arquitetura. A arte da escultura deve tê-la aprendido com artesãos renomados, especialmente os da oficina de seu tio Antônio Francisco Pombal (de quem certamente herdou o nome). Muitos aventam que foi com o artista português João Gomes Batista, desenhista e gravador, que Aleijadinho se instruiu nos elementos teóricos e eruditos pertinentes à sua formação.

Por volta de 1777 apareceram-lhe os primeiros sintomas da doença deformante que lhe valeu o apelido: era corrente afirmar que, para obrar, fazia com que se lhe atassem o cinzel e o martelo de escultor nas mãos mutiladas.

Suas obras, quase todas de caráter religioso, se espalham por igrejas da região de Ouro Preto (São Francisco de Assis, Carmo etc.) Congonhas do Campo (Profetas e Passos da Basílica do Bom Jesus do Matosinhos) São João del-Rey (São Francisco de Assis, Carmo) Sabará (Carmo) Tiradentes (novo risco da fachada da Matriz de Santo Antônio) etc. É considerado o maior artista brasileiro de todos os tempos, pelo conjunto e grandeza da obra.

Morreu em 1814 e foi sepultado na Igreja Matriz de Antônio Dias, em frente ao altar de Nossa Senhora da Boa Morte.

Somente em meados do século XIX vai lhe aparecer o primeiro biógrafo, fazendo jus ao seu acervo criativo. Data de 1858 os dados biográficos recolhidos e publicados por Rodrigo José Ferreira Bretas.

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