Caminho aberto para atropelamentos

05 de Janeiro de 2018
Jornal O Liberal

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À chegada de novo ano, promessas de mudança de comportamento são feitas em todos os sentidos, mas, a grande maioria delas é como promessa de político, pois cai no vazio tão logo o ano novo se inicia. São promessas em todos os sentidos, mas, duvida-se que alguém se preocupe em inserir uma das mais importantes e que, se feita e cumprida, faria grande diferença no número de mortes no país. Tal promessa seria com relação às leis e regras de trânsito, obrigadas a condutores e a pedestres. Ninguém promete, por exemplo, atravessar uma rua ou rodovia nos pontos indicados para tal; ninguém promete esquecer o celular enquanto dirige, como ninguém promete não dirigir logo após beber, e por aí vai a desobediência a tudo. Para se constatar a indisciplina e desrespeito, no trânsito, basta observar o movimento de entrada e saída tanto de veículos (com exceção dos ônibus e dos táxis), quanto de pedestres, na estação rodoviária local. Certo dia desses, à saída da estação rodoviária, pedestre solitário iniciava a travessia na faixa de segurança, enquanto à sua esquerda, na confluência das duas faixas de acesso, mais de dez (incluindo-se senhoras com crianças no colo) demandavam o lado oposto. Aqueles tantos infringiam as normas e nada lhes acontecia, mas o único supostamente em segurança quase foi atropelado por veículo que saia do local pela faixa de acesso. O atropelamento não aconteceu porque os freios funcionaram. Poucos dias depois, no mesmo local, o quase atropelado, anteriormente, testemunhou outro caso similar ao seu. Em termos de trânsito, a estação rodoviária funciona como a “casa da mãe Joana”, cada qual a fazer o que lhe dá na telha, deixando o cumprimento das regras a tão somente ônibus e táxis. Até viaturas da Polícia Militar entram e saem pela faixa de acesso!

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