Corrupção tem pés na base da pirâmide

08 de Dezembro de 2013
Jornal O Liberal

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Acende-se discussão em torno do paradoxo verificado entre redução do índice de desemprego e aumento dos saques do Seguro Desemprego, contrariando a lógica, que seria a redução destes, mais ou menos, na mesma proporção. Em país, culturalmente, viciado no jeitinho de driblar leis, agredir o bom senso, além de se contrapor à ética, não se surpreende diante da singular situação. Brada-se aos céus contra a corrupção entre figurões e na cúpula da administração pública, porém, na base da pirâmide, não se arrefece o ímpeto de levar vantagens à custa do prejuízo de outrem. Se bem educado e consciente dos valores morais, trabalhador desempregado, ante a perspectiva de novo emprego, agradece, no seu íntimo, pela oportunidade e a abraça, deixando para trás a muleta do Seguro Desemprego. Não é esse o comportamento de grande parte da massa assalariada tupiniquim, que prefere o desfrute do desemprego como se período de férias fosse, à custa do Seguro Desemprego que, indiretamente, sai do bolso dos demais trabalhadores e contribuintes; poucos não são os que forçam prejuízos à saúde, para obtenção do afastamento do trabalho e consequente cobertura financeira da Previdência Social. No passado, aumento da natalidade entre menos cultos foi a resposta à instituição do auxílio natalidade e salário-família. Atualmente o carro-chefe, segundo analistas de comportamento social, é o Bolsa Família, que enseja aos espertos recusa à entrada no mercado formal do trabalho.

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