Cuidado com a falsa carona

14 de Julho de 2015
Jornal O Liberal

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Em país mal educado, onde se desrespeitam as leis e tudo fica por isso mesmo, ainda que, eventualmente, haja fiscalização, oportunistas, espertinhos e espertalhões e entre estes, espíritos-de-porco incluídos, se metem em résteas sem ser cebolas, subvertem profissões, invadem ramos de atividade para os quais não estão habilitados, causando prejuízos e transtornos à coletividade. Proliferam então os produtos piratas, atividades clandestinas como perueiros e similares não registrados, falsos profissionais a atuar em áreas nobres, como a saúde, por exemplo, sem contar ações criminosas como a falsificação de documentos de todos os tipos. É claro que muitas dessas irregularidade e ações criminosas não teriam espaço, se não houvesse, do outro lado, a contrapartida em esperteza ou desejo de levar vantagem, de alguma forma. Mas, nem sempre, a situação se configura como tal, pois do outro lado está a vítima de uma armadilha. E a área mais propícia para a prática desse oportunismo é a do transporte imediato, cuja necessidade pode se avaliar nas filas de usuários. É com base na necessidade premente de deslocamento, reforçada pela cultura da carona, própria da mentalidade tupiniquim, que oportunistas descobriram meios de ganhar dinheiro. E tudo se passa assim: o usuário está fila, a espera do coletivo que o levará ao destino pretendido, mas, no fundo, torce por oportuna carona, que pode fazer o mesmo em menos tempo e... sem custos. Eis que para um carro à sua frente, o motorista abre a porta e o convida a entrar. Depois de rodar algum tempo, o condutor então revela que ele cobra praticamente o mesmo valor cobrado pelo coletivo. Só então o passageiro percebe ter caído no golpe da carona. Se na faixa do usuário pagante, menos mal, exceto o fato de, eventualmente, pagar alguns centavos a mais. Mas se situado na faixa 0800 ou “fora-de-fila”, acaba por perder alguns caraminguás para o clandestino esperto, que vem de Belo Horizonte para faturar dos desavisados. Se estiver na fila do “busão” e carro para à frente, oferecendo carona, confira a cara do condutor e não aceite se for estranho.

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