De abuso em abuso, privatiza-se o espaço público II

26 de Maio de 2017
Jornal O Liberal

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Aproveita-se o empuxo da semana passada, para dar continuidade ao mesmo assunto, uma vez que de ambos os lados, da base fiscalização e da dos infratores ninguém se mexeu. A fiscalização faz de conta que está tudo em ordem e os infratores fingem que o assunto não é com eles. A rua é usada para acomodar veículos em reparos, à frente de oficinas, a calçada ou passeio vira estacionamento; em alguns pontos, a calçada se transforma em depósito permanente de material de construção e em outros pode virar extensão de casa comercial. Até a estação rodoviária tem espaço, destinado a pedestres, transformado em parque de exposição de móveis à venda, enquanto que, ao fundo do pátio de manobras dos ônibus, a área verde continua a ser pasto de equinos e muares, que são ali liberados pelo proprietário ou seu preposto; tudo isso na maior cara-de-pau, de um lado, e “num tô nem aí”, do outro, ou seja, por parte da administração daquele espaço público municipal. Na mais recente exposição de móveis, até o caminhão-baú, que os transporta, entrou na dança das irregularidades, sem o mínimo piscar dos que têm a incumbência de zelar pelo bom e regular uso do local. Anteriormente, o caminhão do comerciante intruso era estacionado na área verde, ao lado da saída de veículos. Desta vez, foi estacionado na faixa de saída, no caminho dos ônibus que deixam a estação rodoviária. Que país é este?

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