De abuso em abuso, privatiza-se o espaço público III

02 de Junho de 2017
Jornal O Liberal

Jornal O Liberal

De repente e sem querer, querendo, o Bode Zé mexeu num assunto, considerado grave, porém, que se acreditava menos frequentes as ocorrências. Entretanto, bastaram duas notas consecutivas, para se acenderem piscas-piscas da denúncia, por toda parte. Na rua, pessoas abordam para apontar casos conhecidos, e, o telefone, por várias vezes, foi usado por outras, para fazer a mesma coisa, ou seja, denunciar uso irregular, abusivo e invasões do espaço público. E há revelações incríveis como esta: “perto da minha casa há material de construção amontoado na calçada há mais de dez anos!” Assim como este se refere a material de construção, em outros casos são veículos a entupir rua, porque a oficina mecânica não dispõe de espaço para guardá-los. Pergunta-se: por que se concede alvará a oficina de autos sem espaço próprio? Sabe-se de rua (sem saída), na qual eventuais condutores dependem do “favor” do dono da oficina (e da rua???) para que possam trafegar. Do distrito sede municipal, denunciante aponta caso de oficina desse tipo no bairro Novo Horizonte, enquanto, na Bauxita, abuso mais evidente fica por conta de comerciante que invade espaço para alocar mesas do seu estabelecimento. Vê-se que o avanço sobre o patrimônio público não é exclusividade de componentes do topo da pirâmide sócio-política e econômica. A base também está corroída por maus exemplos, não corrigidos pela fiscalização.

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook