Educação é manga de colete

03 de Março de 2016
Jornal O Liberal

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Definitivamente, perdeu-se a noção do que seja civilidade, ou seja, aquele conjunto de normas que caracterizam o cidadão civilizado, cujo aprendizado se iniciava no berço e tinha prosseguimento na escola com o refinamento. Exageros à parte, que não teriam espaço no mundo de hoje, fazem falta à sociedade alguns conceitos de boa convivência, de consideração, de respeito, enfim, de boas maneiras. Percebe-se a inversão de valores em tudo. Assim é que homem de boas maneiras é tido como afeminado, ou maricas; em seu lugar entra o desleixado com os gestos e palavras, que se dirige a todos, sem respeito à hora e ao lugar, da mesma forma, dita extrovertida. Pessoa franca, sincera, tem suas palavras qualificadas como mal educadas; valoriza-se o riso falso, acompanhado por bajulações, tapinhas nas costas e apertos de mãos bambas. Entre os mais velhos de outrora se dizia que, à falta de assinatura, usava-se fio do bigode como garantia; garantia que, hoje, não mais existe com ou sem assinatura. E o mundo virtual, no qual se aceitam trocas de mensagens sem o jamegão do emitente, acaba por levar a documentos em papel a não garantia de origem, ou seja, ausência de assinatura do autor; é o cúmulo da incivilidade. Em outra versão da má educação e falta de consideração reinante, há quem responda, por correio eletrônico, correspondência grafada e assinada. Mas, há, ainda pior, em se tratando de entidade, de cujos responsáveis não se recebe um só acusamento de correspondências recebidas, ainda que se protelem, no tempo, providências solicitadas quanto à correção de inverdades registradas em desfavor de uma pessoa. Pelo visto, estamos de volta à selvageria!

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