Encontros

17 de Junho de 2016

Geraldo Gomes

Embora haja muitos desencontros pela vida, não se pode negar que a vida, como disse um poeta popular desconhecido, é a arte do encontro. Tira melhor proveito desta existência, aquele que melhor selecionar as amizades que encontram neste palco existencial permeado de encontros. O Dr. Augusto Cury, eminente conferencista neurocientista, diz em seu livro Códigos da Inteligência que todos deveriam saber decifrar com maestria o código da resiliência para saber como driblar os sofrimentos advindos dos inevitáveis desencontros a que estão sujeitos, no cotidiano.

Ao se observarem as pessoas indo e vindo em um centro urbano qualquer, imagina-se que as mesmas estão à procura de algo que venha de encontro às suas necessidades. Esta procura constante de todo ser humano pode ser por coisas materiais, ou por algo que satisfaça aos anseios do espírito, pois o homem é um ser dicotômico, ou seja, composto pelo corpo e pelo espírito. As necessidades do homem, então, são de coisas materiais para satisfazerem o corpo, bem como, de algo abstrato para atender aos anseios do espírito.

Quando o Senhor Jesus pregava na Galileia, muitas pessoas iam ao seu encontro para serem curadas de seus males, mas também para ouvir a sua doutrina. Jesus satisfazia aquelas pessoas em todas as suas necessidades. Ele curava os enfermos, mas tinha, também, a mensagem de salvação e para a cura do espírito.

Nos escritos do Evangelista Lucas (Lc. 13, 10-13) há o seguinte relato: “ora, ensinava Jesus no sábado numa das sinagogas. Veio de encontro a Ele uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia dezoito anos, andava ela encurvada sem de modo algum poder endireitar-se. Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe: mulher estás livre de sua enfermidade; e, impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glórias a Deus”.

Quem lê o texto acima deduz que aquela mulher havia muito tempo que sofria daquele mal. Dezoito anos!... Durante este período ela teve encontros com vários médicos. Encontrou-se também com muitos curandeiros, feiticeiros, mas ninguém pôde resolver aquele problema que lhe causava muito sofrimento; pois Lucas relata que de modo algum ela podia endireitar-se. Ela era irremediavelmente corcunda, encurvada, só conseguia olhar para baixo. Ela deve ter procurado solução para sua dor nos altos de Israel, onde ficavam os ídolos, como diz o salmo 121. Ali também não encontrou refúgio, pois os ídolos nada puderam fazer. Dizem as Sagradas Escrituras que os ídolos são obras de mãos humanas e não têm poder algum. Têm boca, mas não falam, têm olhos, mas não veem, têm pés, mas não andam... São inoperantes por completo. Insensatos tornam-se todos que nos ídolos confiam!

Depois de muito sofrer e de tantos desencontros, aquela mulher tomou conhecimento de que Jesus estava pregando em uma das sinagogas de sua cidade. Imediatamente ela dirigiu-se para aquele local. Queria ter um encontro com o Mestre. Agora ela estava no caminho certo. Quem quer andar no caminho certo para encontrar a solução de seus problemas existenciais, deve ir ao encontro de Cristo. Ele é o Caminho. Ele mesmo disse: “Eu sou o caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”. Não existem atalhos para se ter um encontro com Deus. Só em Jesus se encontra Deus. Eu e o Pai somos um, Ele revelou.

Aquela mulher encontrou-se com Jesus e nunca mais andou encurvada. Após ser curada por Cristo naquele encontro na sinagoga ela podia olhar para cima e dar glória a Deus.

Quantas pessoas neste mundo estão andando encurvadas sob o peso de uma vida pecaminosa, e só conseguem olhar para baixo, para as coisas da terra? O pecado escraviza o homem, mas Jesus veio para libertar e oferecer a salvação a todos àqueles que crerem n'Ele para este propósito. Ele morreu na cruz do calvário, derramou o seu sangue como pagamento pelos pecados de todos. Quem for de encontro a Jesus e, arrependido de seus pecados, confessá-los a Deus, e declarar a sua fé no sacrifício remidor da cruz, certamente encontrará a paz. Cristo é a verdadeira paz, paz que o mundo a ninguém pode oferecer.

Jesus morreu de braços abertos, e, de braços abertos espera a todos que queiram ter com Ele um encontro. A experiência de um verdadeiro encontro com o Senhor Jesus Cristo modifica completamente a visão que uma pessoa tem do mundo e de seus valores passageiros. Tudo fica aqui após o último suspiro do corpo. O espírito.... para onde irá?

Quem tiver um real encontro com Cristo ficará tranquilo quanto ao seu destino futuro após transformar-se em pó da terra. Lembra-te que és pó e ao pó voltarás. Desta sentença Divina ninguém escapará. Jesus, por causa do seu infinito amor, quer ter o encontro com toda pessoa. Ele convida: “vinde a mim todos que estais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei”. Este é um convite que vale à pena aceitar. Ninguém jamais se arrependeu de ter ouvido a vós do Mestre Divino. Experimente você também, tenha com Jesus um maravilhoso encontro...