Estatuto do idoso foi pras cucuias!

24 de Julho de 2014

Jornal O Liberal

Em país cuja população recebe boa educação, lei promulgada se cumpre ao pé da letra, sem que, para isso haja alguém que o exija. E se determinado assunto não se rege por lei, o grau de educação do povo, por si só, de acordo com a ética e o bom senso, estabelece normas de comportamento em proveito do coletivo. Não é o caso deste Brasil, se jogada a bola, que se dane o resto! Aqui, tal qual planta por mãos boas ou ruins, a pega ou não pega. E se pega, não é fora do alcance dos olhos da lei, que é cumprida, ainda que para a segurança do próprio cidadão, como atestou jovem motoqueiro, minutos antes de morrer com a cabeça partida, no asfalto, projetado que fora de sua máquina. Perguntado, ao partir, por que o capacete pendurado no braço, respondeu: por ser mais fácil sua colocação na cabeça, no caso de “pintar” polícia. E a morte “pintou” antes da polícia! Em situações menos trágicas, porém de claro desrespeito ao que pede o bom senso e a ética, antecedendo a lei que obriga, pessoas e empresas atropelam e passam por cima dos direitos dos idosos com a complacência de quem atende o público. Nem mais se disfarça o desrespeito sob a capa dos direitos do idoso ingênuo (ou esperto?) para usar o caixa dos prioritários nas agências bancárias. Certo dia, dentre estes últimos, na fila dos prioritários, várias senhoras, presumivelmente septuagenárias, tiveram de estender sua espera, além do tempo regular, para receber os caraminguás da pensão ou aposentadoria. É que, à boca do mesmo caixa, jovem parrudo, a envergar o verde uniforme de distribuidora de petróleo, portava pacotão de documentos de seu empregador a serem processados pelo banco. Fica evidente que o desrespeito, agora, é na cara-de-pau, à vista dos prejudicados e do próprio banco, ao qual cabe zelar pelos direitos inerentes a cada cliente, dentro de sua agência, incluindo-se aqueles sob a proteção do Estatuto do Idoso. Mata o véio, mata!