Restaurante cobrava de acordo com a cara, na copa mundial

29 de Julho de 2014

Jornal O Liberal

Mais do que nunca, com a ajuda da internet, o turismo se revela mola propulsora, capaz de aproximar pessoas, disseminar conhecimentos, promover a cultura, desenvolver a economia, distribuir renda e ensejar tantas outras ações, a bem de toda a coletividade. Com a facilidade das comunicações e mais transporte disponível, o mundo se mantém em ebulição positiva, pessoas a se movimentar, em círculos cada vez mais amplos a partir de seu domicílio. Uns se deslocam, buscam, e, outros os recebem; as duas partes a compartilhar um pouco de tudo que têm a oferecer. Mas, cá entre nós, tupiniquins, essa movimentação de pessoas ainda se processa acanhadamente, mais em decorrência natural do próprio turismo, alimentado pela vontade de circular, conhecer e aventurar. Do lado receptivo, a ação predatória dos xenófobos e teóricos contra a chamada “indústria sem chaminé” ganha força na prática extorsiva, por parte de agentes deletérios, que veem o turista como alguém a ser espoliado. A Copa 2014, má experiência futebolística, foi para esses agentes o momento máximo no assalto ao bolso da clientela, nativos e turistas, indistintamente. Pequeno grupo de pessoas sofreu esse impacto em restaurante, na Região dos Inconfidentes. Surpreendido pela supressão desleal do autosserviço e balança, o grupo foi praticamente “assaltado” com a conta apresentada, três vezes maior que o costume. Ao questionamento do valor, proprietário apontou joia portada por uma das pessoas como prova de que poderia pagar o preço cobrado. Absurdo dos absurdos em prática comercial, tal comerciante cobra não pela qualidade serviço, mas de acordo com a cara do cliente que, no caso em questão, repudiou a cobrança e obteve a redução do valor para a metade, ainda assim considerado alto. Hospitalidade parece ser interpretada, por alguns, como a capacidade de mandar o cliente para o hospital, mediante aplicação de grande susto.